FRUTAL

Homem flagrado tentando matar empresário é condenado a 10 anos de prisão

Câmeras de segurança do estabelecimento comercial da vítima flagrou o homem efetuando disparos de arma de fogo contra a vítima

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O homem de 34 anos que tentou matar um empresário, de 31 anos, dentro do seu próprio estabelecimento comercial, localizado em Frutal, no Triângulo Mineiro, foi condenado na tarde dessa segunda-feira (10/11) pelo Tribunal de Júri da cidade a 10 anos e 8 meses de prisão.

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Daniel Lemes Martins continuará em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Isto porque ele apresenta problemas de saúde, sendo que realiza hemodiálise três vezes por semana.

A vítima Felipe Assunção atua no segmento de instalação de câmeras de segurança. O crime, que aconteceu em 19 de fevereiro desse ano, foi flagrado pelo equipamento. As imagens mostram Daniel abordando a vítima e efetuando pelo menos seis disparos, sendo que um deles atingiu a região do pescoço.

O empresário passou por uma cirurgia de emergência no Hospital Municipal Frei Gabriel no dia do crime, chegou a ficar em estado grave, mas se recuperou. Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da unidade de saúde, no dia do crime, o tiro causou hemorragia em uma veia, mas a equipe médica conseguiu estabilizar após uma ligadura.

O paciente foi encaminhado para o bloco cirúrgico, foi retirada a bala e foi feita a ligadura da veia.

Segundo o promotor de Justiça, Rogério Toledo, o júri popular reconheceu que o crime foi um homicídio tentado triplamente qualificado (por motivo torpe, de forma cruel e sem chance de defesa da vítima), sendo que por isso o réu recebeu a pena de 9 anos e 4 meses. Além disso, ele recebeu a pena de 1 ano e 2 meses pelos crimes de ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

"Não aceitava fim do relacionamento com a esposa da vítima"

Ainda conforme o promotor, ficou constatado que Daniel praticou o crime porque não aceitava o fim de um relacionamento amoroso ocorrido há cerca de 10 anos com a esposa da vítima. "Ele premeditou o crime (...) esperou os funcionários saírem para abordar o Felipe dentro do seu estabelecimento e efetuar no mínimo seis disparos, sendo que alguns falharam, mas um dele atingiu o Felipe na região do pescoço", contou.

O promotor disse que vai recorrer da decisão judicial e buscar o aumento da pena. Já o advogado de defesa de Danial, Ricardo Alexandre Moura Abrão, divulgou que vai pedir na Justiça a redução da condenação do seu cliente e a manutenção da prisão domiciliar.

Daniel disse que sofreu bullying

Daniel se apresentou à Polícia Civil em 24 de fevereiro desse ano, cinco dias após o crime. Na época que ele se apresentou, a vítima estava internada em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal Frei Gabriel.

Com relação aos fatos, Daniel disse ao delegado Fabrício Altemar que, inicialmente, que já teve um relacionamento há dez anos com a esposa da vítima. "E que na época do relacionamento, ela o traiu com a vítima e que então eles romperam este relacionamento. Depois disso, o investigado fala que vinha sofrendo bullying, ou seja, um tipo de perseguição por parte da vítima e da esposa dele", contou o delegado.

Daniel falou ao delegado que qualquer lugar que ele frequentava em Frutal, como festas, bares, entre outros locais, o casal faziam chacota dele. "Diz o investigado que ficavam perseguindo-o e que isso aí foi abalando ele psicologicamente. Ele falou também que qualquer namorada ou relacionamento que ele tinha, chegava informações até essas moças falando mal dele pela própria namorada da vítima, ou pela vítima, e isso aí ele disse que foi causando um transtorno psicológico nele", revelou o delegado sobre outro trecho do depoimento do suspeito.

Vítima teria contratado pessoa para matá-lo

O investigado também disse em seu depoimento que, há cerca de três meses, a suposta perseguição se agravou. "Em certa data, o investigado disse que estava descendo a Rua Nova Ponte e o Felipe teria fechado ele de moto de propósito, E depois disse, que ele emparelha a moto com o seu carro. E ele disse que falou o seguinte pro Felipe: se eu tivesse armado eu poderia te matar."

Já na véspera da suposta tentativa de homicídio, o suspeito disse que chegou até o seu conhecimento, por meio de uma terceira pessoa, que ele não quis identificar, que o Felipe teria contratado uma pessoa para matá-lo por causa dessa ameaça sofrida na Rua Nova Ponte.

"Nos dias dos fatos, o suspeito falou que foi até a empresa da vítima para dar um basta nisso. Ele disse que nesse momento o Felipe disse que não tinha ameaçado a vítima.

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"Outro trecho do relato dele é que teve uma hora que ele diz pra vítima o seguinte: 'Você mandou me matar e vê agora se você gosta de alguém apontando uma arma na sua cara', apesar de o investigado não tinha sido ameaçado por nenhuma arma, segundo as imagens", continua o delegado.

Ainda conforme o depoimento, ele afirmou que apontou a arma para vítima, mas diz que em nenhuma momento queria matá-la. "E depois disso que ele abaixa a arma. O investigado conta que a vítima teria partido para cima dele, e ele se vendo em uma injusta agressão, e que o Felipe poderia tomar a arma dele e matá-lo, então ele disse que por isso deu um tiro contra a vítima, que corre para a recepção da empresa. O investigado disse ainda acredita que a vítima pegaria uma arma de fogo e por isso efetua mais dois disparos que não acerta a vítima, sendo que depois disso foge em sua moto", contou o delegado sobre o depoimento de Daniel.

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