Menino é internado e diz que mãe 'bateu com um pau'
Criança foi internada com hematomas na cabeça e nos olhos. Mãe afirmou que a causa seria alergia. Caso é investigado pela Polícia Civil
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Uma jovem de 19 anos é suspeita de agredir o filho, de 3, em Itabirinha, no Vale do Rio Doce. O caso foi registrado neste sábado (25/10), após a vítima dar entrada no hospital com febre alta e hematomas na cabeça e nos olhos.
Conforme informações do boletim de ocorrência, os médicos do Hospital São Lucas de Itabirinha acionaram a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o Conselho Tutelar, depois de constatarem sinais de agressão física.
Uma médica responsável pelo atendimento, informou à corporação que no dia 15 de outubro, a mesma criança havia dado entrada no hospital acompanhado pela mãe. O menino apresentava inchaço na cabeça e a responsável afirmou que se tratava de uma alergia causada por uma máscara que a criança teria usado.
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No entanto de acordo com os registros, a equipe médica descartou a hipótese e encaminhou a vítima ao Hospital Regional de Governador Valadares, onde foi diagnosticado com hematoma compatível com possível traumatismo cranioencefálico.
O menino ficou internado até o dia 21, quando recebeu alta e foi deixado sob os cuidados do pai. Quatro dias depois, o quadro febril retornou e o pai da criança o levou novamente ao hospital. Durante a consulta, a criança relatou espontaneamente que “a mãe bateu com um pau” em sua cabeça. O mesmo relato foi repetido ao policial militar que acompanhava o caso, no mesmo dia.
A PM informou que tentou contato com a mãe diversas vezes, mas sem sucesso. Segundo informações repassadas pela avó materna do menino, a suspeita estava no distrito de Boa União, na casa do namorado. Após a insistência, a mulher se recusou a ir ao hospital, e afirmou que a febre era passageira.
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Posteriormente, ainda conforme a Polícia Militar, a mãe compareceu à unidade e apresentou versões contraditórias e inconsistentes, primeiro dizendo que o filho tinha alergia, depois afirmando que ele poderia ter caído.
Agressões anteriores
Moradores e profissionais da saúde também relataram à PM, que o menino já teria sido vítima de agressões anteriores. Segundo testemunhas, quando recém-nascido, ele teria sido arremessado contra uma parede, e no ano passado apresentou ferimento no quadril também suspeito de violência.
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O Conselho Tutelar do município foi acionado e acompanha o caso. A criança permanece sob cuidados médicos, com indicação de transferência para o Hospital Regional de Governador Valadares. A mãe não foi presa, pois, de acordo com o boletim de ocorrência, as lesões teriam ocorrido dias antes, sendo descartada a prisão em flagrante. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.