ÚLTIMO DIA

Corpo de jovem que caiu no Arrudas é encontrado

Luiz Gustavo Santiago, de 23 anos, estava desaparecido depois de cair no leito do Ribeirão Arrudas em um acidente de moto, na madrugada de quarta (8/10)

Publicidade
Carregando...

O corpo do repositor Luiz Gustavo Santiago, de 23 anos, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros no 7º dia de buscas no Ribeirão Arrudas. Ele foi reconhecido pelos familiares, que acompanhavam o trabalho dos militares, no início da tarde desta terça-feira (14/10). Luiz estava na garupa de uma moto quando ele e um amigo caíram no leito do ribeirão, na Avenida dos Andradas, em Belo Horizonte, na madrugada da última quarta-feira (8/10).

Na manhã desta terça-feira (14/10), os militares receberam um chamado que indicava a possibilidade do encontro de um corpo passando no trecho do Ribeirão Arrudas nas proximidades da Avenida Marzagânia, na altura do bairro Granja de Freitas, na Região Leste da capital, em direção a Sabará (MG), na Grande BH. 

Às 7h18, o solicitante afirmava que o corpo usava uma roupa similar à usada por Luiz no momento do acidente. “Nós não temos a confirmação de que seja esse jovem, porém segundo o histórico a pessoa que viu o corpo também viu uma camisa listrada, que possivelmente é a camisa que estava usando a vítima”, explicou o tenente Mateus Malheiros, do 1° Batalhão Bombeiro Militar (BBM), momentos antes do encontro. 

Durante a manhã, a ação da guarnição fez buscas com drones e a pé às margens do ribeirão, próximo de onde o solicitante viu um corpo, e na Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas da Copasa, na Rua Seiscentos e Vinte e Nove, no final da Avenida dos Andradas. 

Segundo o Tenente Malheiros, os militares retornaram ao ponto inicial de buscas, onde estavam sendo feitas buscas com drones, e encontraram o corpo. A família de Luiz, que acompanha o trabalho dos bombeiros desde o dia do acidente, reconheceu o corpo. 

A perícia é aguardada no local para recolhimento de informações que subsidiarão as investigações. Assim que liberada, o corpo será removido e enviado ao Instituto Médico-Legal (IML).

Sétimo dia de buscas

Minutos antes do encontro do corpo, a reportagem do Estado de Minas acompanhou o sétimo dia de buscas. Em um primeiro momento, foram feitas buscas no perímetro por imagem de drone na altura da Rua da Olaria, no bairro Granja de Freitas e, como nada havia sido encontrado, os militares seguiram em uma busca a pé pela margem das águas, no trecho onde o solicitante afirmava que viu o corpo passando.

Com nenhum vestígio encontrado inicialmente, os militares seguiram para a Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas da Copasa, na Rua Seiscentos e Vinte e Nove, no final da Avenida dos Andradas. Momentos depois, a guarnição retornou ao ponto inicial de buscas e localizou Luiz.

A operação foi acompanhada pelo Tenente Mateus Malheiros, Sargento Weslei de Almeida e Sargento Fabíola Vieira, do 1° Batalhão Bombeiro Militar, e passou pela área do ribeirão no perímetro da capital, próximo à estação de tratamento de água da Copasa. Paralelamente a isso, equipes do 3° Batalhão atuavam na área de Sabará. Em toda a margem de caminhada no Ribeirão Arrudas, nada foi encontrado nos primeiros dias de buscas.

Segundo o Tenente Malheiros, o corpo pode ter passado por uma área de remanso e ficado preso nos dias anteriores, mas o volume de chuvas registrado na última noite pode ter feito com que o corpo se movesse. “A chuva elevou o nível do Rio Arrudas e também o local em que encontram-se as pedras têm muita espuma, o que dificulta a visualização”, explicou.

Até a tarde de segunda-feira (13/10), o único vestígio encontrado e divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) foi o capacete que o jovem usava no momento da queda.

Esperança

“Tem que ser hoje”, disse à reportagem Vitória Beatriz Amaral, de 21 anos, companheira de Luiz, horas antes do encontro do corpo. Ela está grávida de seis meses e tem uma filha de três anos com ele. “Hoje já são sete dias de busca pelo Luiz. A gente está aqui procurando e vendo se hoje consegue uma resposta para tudo isso”, afirmou. 

Nesta terça-feira, quatro familiares acompanharam as buscas: a companheira Vitória, o irmão Igor, o pai Wesley e uma tia da companheira. Porém, de acordo com Vitória, não são apenas eles que esperavam por respostas. “No sábado (11) e no domingo (12), tínhamos umas 25 pessoas para descer, subir, olhar as matas, olhar as pedras”, disse. 

Segundo a família, a roupa descrita no chamado não é igual à roupa que Luiz usava. À reportagem, Vitória contou que blusa que o jovem usava era preta, tinha o escudo do Atlético e tinha uma estampa que poderia sair com lavagem. O restante da descrição bate com o físico de Luiz. “Falaram que ele era careca e usava bermuda jeans, e isso é verdade”, afirmou.

“A gente não pode desacreditar de nada, porque, se alguém ligou, não é possível que alguém esteja passando trote. Uma situação tão complicada como essa… mas então se a pessoa viu, provavelmente ele [Luiz] vai estar em algum lugar por aqui. A gente precisa achar”, finalizou a jovem. 

“Só que não dá pra falar que não é ele, estamos na esperança… Hoje é o dia que tem que achar, não pode passar de hoje. A gente tá sem dormir direito, o dia inteiro aqui”, disse. Nesta terça-feira, a família encerrou a agonia da não-resposta.

O acidente 

Luiz Gustavo estava na garupa da moto pilotada por um amigo quando ambos caíram no leito do Arrudas, na Avenida dos Andradas, altura do nº 2275, no Centro de Belo Horizonte. O piloto foi encontrado ainda na quarta-feira pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e passa bem. A moto, por sua vez, não chegou a cair no córrego. As circunstâncias da queda ainda não foram esclarecidas.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Depois do acidente, amigos que estavam em outros veículos ligaram para a família de Luiz, que prontamente foi ao local do acidente. Desde então, familiares do repositor, incluindo sua companheira, Vitória Beatriz Amaral, de 20 anos, grávida de seis meses, realizam buscas pelo leito do Arrudas. O casal, inclusive, tem uma filha de três anos.

Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia oficial e o rabecão foram acionados a comparecer até o bairro Alto Vera Cruz, na capital, em razão de encontro de cadáver no local. "A ocorrência se encontra em andamento e outras informações poderão ser repassadas após o fechamento", informou a corporação.

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay