Uma menina indígena de 12 anos morreu nesse domingo (13/7) no Centro Materno-Infantil de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em decorrência de complicações gestacionais. Segundo a unidade de saúde, a adolescente estava grávida de 32 semanas e deu entrada no hospital na sexta-feira (11/7), já em estado gravíssimo.

Ela passou por um parto de emergência, mas acabou falecendo. O bebê segue internado.

De acordo com familiares, a  menina começou a apresentar convulsões ainda na última segunda-feira (7/7), porém só foi levada para atendimento médico na quinta (10/7). Inicialmente, ela foi direcionada a uma unidade de pronto atendimento.

Na sexta-feira, com o agravamento do quadro, foi encaminhada ao hospital, onde teve uma piora neurológica. Após o parto de emergência, foi submetida a uma cirurgia na cabeça.

A família afirma que nem a criança nem os pais sabiam da gravidez. A gestação teria sido descoberta apenas quando ela já estava com cerca de seis meses, “A família não sabia que ela estava grávida. Todo mundo ficou sabendo de repente. Aqui tem a avó, a tia dela... ninguém sabia”, contou o tio da vítima. Segundo os famíliares, até a semana passada, ela se alimentava normalmente e não apresentava sinais de mal-estar. Na última semana, porém, passou a recusar comida e se queixar de fortes dores de cabeça.

A gestante vivia com pais e familiares em uma ocupação em Betim, onde habitam cerca de 25 famílias da etnia Warao, de origem venezuelana. O grupo chegou à cidade em setembro de 2023, após deixar Boa Vista (RR) e passar por outros estados. Atualmente, cerca de 200 pessoas integram a comunidade.

Em nota oficial, a Prefeitura de Betim informou que todos os protocolos clínicos foram rigorosamente seguidos e que a família recebeu acompanhamento multiprofissional, incluindo suporte psicológico.

Parentes e moradores da ocupação realizaram uma homenagem em frente à maternidade. O corpo da adolescente será velado nesta segunda-feira (14/7), na própria ocupação.

Gravidez

Na mesma semana, uma menina de 12 anos descobriu que estava grávida depois de procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Nova Serrana, na Região Centro-Oeste de Minas, na última quinta-feira. Ela sentia dores abdominais, e exames confirmaram a gestação.

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O caso foi registrado pela Polícia Militar como estupro de vulnerável, crime previsto no Artigo 217-A do Código Penal, que considera qualquer relação sexual com menores de 14 anos como violação, independentemente de consentimento.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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