SAÚDE

Ministério da Saúde recebe primeiras doses de insulina de nova parceria

Foram entregues 207.386 mil unidades do medicamento para controle de glicemia; lote foi importado pela empresa mineira Biomm, de Nova Lima

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O Ministério da Saúde recebeu nesta sexta-feira (11/7) o primeiro lote de insulina humana fruto da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com empresas privadas. Ao todo, foram entregues 207.386 unidades do medicamento para controle de glicemia. O lote foi importado e faturado pela biofarmacêutica mineira Biomm, localizada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e produzido pela farmacêutica indiana Wockhardt.

Segundo o governo federal, o repasse marca o início da transferência de tecnologia para a produção nacional do insumo. Após a transferência total da tecnologia, a previsão é que o país produza 50% da demanda nacional relacionada às insulinas NPH (de ação mais lenta) e regular no SUS. Conforme a pasta, a biofarmacêutica mineira Biomm deverá entregar cerca de 45 milhões de doses anuais.

“Esse é o primeiro passo histórico que a gente vivenciou hoje. A entrega para o Ministério da Saúde, nós já a colocamos no caminhão frigorífico do ministério e passa a ser distribuída no sistema único de saúde junto com outros tipos de insulina que o ministério faz compra, contratos de produção internacional”, afirmou o ministro, durante coletiva de imprensa nesta tarde.

Ao longo da pareceria, a União investiu R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia. A expectativa é que cerca de 350 mil pessoas com diabetes sejam beneficiadas. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, até 2026. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a entrega das doses faturadas no país é um marco “histórico” para o país, que já estava há mais de 20 anos sem produzir o insumo. 

“São mais de R$ 140 milhões de investimento e uma parceria que junta o Ministério da Saúde, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Biomm, que é uma empresa nacional, mineira, e a empresa indiana Wockhardt. É o BRICS acontecendo na verdade, na realidade mudando a vida da população brasileiro, e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, enfatizou Padilha . 

Transferência de tecnologia

A iniciativa integra a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Ainda conforme o Ministério da Saúde, a medida é fundamental para reduzir a “dependência externa” na aquisição do medicamento essencial ao tratamento de pacientes com diabetes atendidos pela rede pública.

“Ter uma iniciativa como essa, em que dois tipos de insulina passam a ser produzidos no Brasil, dos dois tipos mais modernos, dá segurança para os pacientes, independentemente de qualquer crise que exista, qualquer situação como teve a pandemia; o Brasil tem soberania na produção desse medicamento tão importante”, afirmou o ministro da Saúde. 


A partir dessa aquisição inicial, tem início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao fim da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm plenamente capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma. Conforme o diretor de alianças estratégicas, acesso, marketing e vendas da Biomm, Rafael Costa, durante a atual etapa do processo de transferência da tecnologia para a produção do medicamento as doses entregues são importadas. Após um prazo que pode chegar a cinco anos, o insumo começará a ser produzido na planta industrial, na Grande BH. 

“Quando a gente fala em contexto de PDP, existe um cronograma dentro do projeto executivo em que a gente respeita essa transferência de tecnologia. Isso pode acontecer entre três e cinco anos, e a própria produção costuma acontecer ao contrário. Então, primeiro você embala e produz o produto, ou importa ele. E por meio da transferência de tecnologia, a empresa local pública começa a fazer a produção”, explicou Costa.

Insulina brasileira

Além das insulinas NPH, um tipo de insulina de ação intermediária usada no tratamento da diabetes, e regular, o Ministério da Saúde aprovou, no início de 2025, uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para a produção nacional de insulina glargina, uma forma modificada do medicamento de ação prolongada. O projeto reúne Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a farmacêutica chinesa Gan & Lee, com previsão inicial de produzir 20 milhões de frascos, para abastecimento do SUS. O medicamento será destinado ao tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipos 1 e 2.

Apesar disso, a Biomm já produz e distribui, tanto para a iniciativa privada quanto para o SUS frascos e canetas de insulina glargina. Em 2024, a empresa ganhou uma licitação do Governo Federal para o repasse de 3,3 milhões de doses do medicamento. A primeira entrega aconteceu em dezembro e deverá se estender até o fim deste ano. 

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“Nós vimos aqui a produção da insulina glargina, que é a insulina com a mais alta tecnologia. A Biomm mostrou que já tem um milhão e meio de doses prontas. Nossa primeira encomenda é em torno de 20 milhões. É um processo de uma nova parceria do desenvolvimento produtivo, que a expectativa é começar a executar no segundo semestre”, comemorou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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