BH: centros de saúde atenderão pessoas com sintomas respiratórios no sábado
As unidades vão abrir no sábado (10/5), exclusivamente para quem estiver com sintomas, e disponibilizarão vacina contra gripe
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Siga noCinco centros de saúde vão abrir neste sábado (10/5) para atender exclusivamente pessoas com sintomas de doenças respiratórias. Além de prestar assistência, esses equipamentos vão disponibilizar vacina contra gripe para o público a partir de 6 meses de idade.
Estarão funcionando as unidades Carlos Renato Dias (Barreiro), São Paulo (Nordeste), Heliópolis (Norte), Betânia (Oeste) e Rio Branco (Venda Nova) das 7h às 19h para garantir cuidados à população. Já as aplicações do imunizante serão feitas das 8h às 17h. Os endereços podem ser verificados on-line.
A medida de ampliar o funcionamento das unidades básicas de saúde, inicialmente aos sábados, considera a atual demanda assistencial e o cenário epidemiológico do município. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decretou, em 30 de abril, situação de emergência em saúde pública devido ao crescimento de atendimentos e internações, na rede municipal, de casos de Síndrome Respiratória Agudas Graves (SRAG).
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Segundo a PBH, neste ano, até o momento, foram realizados aproximadamente 200 mil atendimentos a pessoas com sintomas de doenças respiratórias na rede SUS-BH, sendo cerca de 65% nas cinco regionais definidas estrategicamente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) para reforçar o cuidado a partir de sábado.
Ainda conforme a gestão municipal, em 2025, até agora, foram realizadas 6.367 solicitações de internação na rede SUS da capital, motivadas por doenças respiratórias. No mesmo período do ano passado, houve 6.307 pedidos.
Nas nove UPAs e nos 153 centros de saúde, foram realizados, entre janeiro e abril, 190.912 atendimentos a casos respiratórios. No mesmo período do ano passado, houve 227.517 atendimentos.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta que as pessoas com sintomas mais leves, como coriza, tosse ou dores de cabeça e garganta, por exemplo, busquem atendimento nos centros de saúde. Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que funcionam todos os dias, por 24 horas, serão voltadas para o cuidado de casos mais graves e urgentes.
Casos em Minas
Na última sexta (2/5), o governador Romeu Zema (Novo) decretou situação de emergência no estado. Ao todo, sete cidades já decretaram emergência em saúde. São elas: BH; Contagem, Betim, Santa Luzia e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana; Conselheiro Lafaiete, na Região Central; e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A medida tem validade de 180 dias e autoriza a adoção de ações emergenciais para conter o avanço das doenças.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até 30 de abril, o estado registrou 26.786 internações por SRAG e 334 mortes. No centro dessa crise respiratória, estão bebês e idosos. De janeiro até o fim de abril, esses dois grupos somaram mais de 17,7 mil internações pelo mesmo motivo. Entre os bebês com até 1 ano de idade, foram 2.587, e em adultos maiores de 60 anos, 15.130.
Retrato da emergência
A morte de uma bebê de 1 ano e 4 meses por complicações de uma bronquiolite, que evoluiu para pneumonia, em Pedro Leopoldo, na Grande BH, retrata o estado crítico provocado pela disparada de casos de doenças com sintomas respiratórios.
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A pequena Evelyn Beatriz perdeu a vida no sábado (3/5). Ela estava internada na UPA de Pedro Leopoldo, mas seu quadro se agravou, exigindo tratamento extensivo, mas não havia vagas em UTI da cidade nem na capital mineira.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata