MG: corpo de Clara Maria é sepultado em Uberlândia
A jovem foi morta por enforcamento no dia 9 de março. Os suspeitos confessos do crime são Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel
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Siga noO corpo de Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, foi sepultado em Uberlândia, cidade da família dela, no Triângulo Mineiro, nesta terça-feira (18/3). O enterro ocorreu pela manhã no Cemitério Bom Pastor.
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A jovem foi morta por enforcamento no dia 9 de março. Os suspeitos confessos do crime são Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, de 29, presos na última quarta-feira (12/3), dia em que a Polícia Civil (PCMG) encontrou o corpo de Clara enterrado e coberto por uma camada de concreto na casa de Thiago, na Região da Pampulha, em BH.
Na sexta-feira (14/3), o corpo da jovem foi liberado do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte e retirado pelos familiares dela.
Justiça
No último sábado (15/3), amigos da jovem, movimentos, entidades e sindicatos realizaram um ato por justiça à Clara. O ato ocorreu na Praça Sete, na Região Central de BH.
"É pela Clara, para ela não ser esquecida e para o caso dela ter o maior impacto possível, fazer todos esses vermes nazistas terem medo de novo. O ato é para mostrar que a gente está aqui e não vai aceitar esse tipo de coisa mais. É proteger não só a memória dela, mas a vida de todas as outras pessoas que passam e podem passar por uma situação como a dela", disse Leonardo Alves, namorado da jovem, no dia do ato.
Confissão
Na sexta-feira (14/3), a Justiça de Minas Gerais decidiu converter a prisão dos dois jovens que confessaram o crime de flagrante para preventiva, após análise das circunstâncias do homicídio e fortes indícios da participação dos dois.
Thiago, que foi colega de trabalho de Clara e devia R$ 400 a ela, deu versões contraditórias para a motivação, segundo os delegados. Primeiro, ele disse que queria tirar dinheiro da conta da jovem, mas teria ficado com ciúmes quando a encontrou em uma cervejaria, acompanhada do namorado, dias antes do crime.
Os delegados informaram que Thiago planejava fugir e já teria feito contato com um amigo que mora em outro estado pedindo ajuda para arrumar um emprego.
Lucas é amigo de Thiago e trabalhava em estabelecimentos na mesma avenida da padaria onde Clara era funcionária, também no Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha. De acordo com a polícia, ele disse que nutria ódio da jovem depois de ter sido repreendido por ela em público por ter feito apologia ao nazismo. Desde então, segundo os delegados, Lucas teria dito a amigos que queria ver a jovem morta.
O delegado Alexandre Oliveira disse que conversou com um amigo em comum dos suspeitos que teria relatado que Lucas teria confessado a vontade de praticar necrofilia. Está em investigação se o corpo de Clara sofreu abuso sexual.
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Outro suspeito, de 34 anos, foi preso. Após interrogatórios, a participação dele no crime foi descartada, porém as investigações continuam.