HOMENAGEM

Avião da PF é batizado com nome de comandante morto em acidente aéreo em BH

Novo Cessna 208B Caravan da Polícia Federal foi batizado com as iniciais de Guilherme de Almeida Irber, que morreu após queda da aeronave no ano passado

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A Polícia Federal (PF) homenageou o piloto Guilherme de Almeida Irber, que morreu no dia 6 de março do ano passado na queda de um avião logo depois de decolar no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A PF recebeu um novo Cessna 208B Caravan, mesmo modelo envolvido no acidente fatal, batizado de “Cmte. Irber”.

A aeronave saiu da fábrica da Cessna, em Wichita, no estado do Kansas, nos Estados Unidos, e recebeu a matrícula PS-IRB (MSN 208B5846). Segundo informações preliminares, não foi confirmado se haverá outro avião para homenagear o policial José de Moraes Neto, que também morreu no acidente.

Assim como os demais Caravans da PF, o avião conta com o novo padrão da corporação, com um cinza mais fosco, mas inclui novo painel com a suíte Garmin G1000 NXi, sistemas de comunicação e navegação, sistema de piloto automático, sistema “Standby” de Emergência, sistema de Transponder ADS-B, sistema de Aviso de Tráfego, sistema de Radar e Sistema Iridium de Rádio por Satélite.

Subordinado pelo Comando de Aviação (CAV), o Cessna C208 Caravan desempenha um papel fundamental na PF, utilizado principalmente para transporte de agentes, missões de vigilância, reconhecimento e operações contra o crime organizado. A PF utiliza essas aeronaves há pelo menos duas décadas, principalmente no combate ao tráfico de drogas e na fiscalização de fronteiras.

Relembre o acidente

O registro do portal Flight Radar, site que faz o acompanhamento de rotas de aeronaves do mundo inteiro, identificou o acidente a poucos metros da Avenida Antônio Carlos, uma das principais vias de Belo Horizonte, por onde passam ônibus, carros, motos e caminhões. 

A PF confirmou que a aeronave pertencia à instituição, mas não informou o porquê dela estar na Pampulha. Peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos foram deslocados até o aeroporto.

O diretor-geral da instituição decretou luto oficial de três dias. “A Polícia Federal se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e decreta luto oficial de três dias”, escreve a corporação.

José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Iber, que faziam parte do Centro de Operações Aerotáticas da PF (CAOP), unidade responsável por pilotar as aeronaves da corporação. Os dois morreram na hora.

O terceiro tripulante era o mecânico Walter Luiz Martins, que teve apenas ferimentos leves. Ele chegou a ficar três dias internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII e recebeu alta no dia 8 de março.

Sobrevoos na Grande BH

Nos últimos dois dias, antes da queda, o avião da PF saiu da Pampulha para fazer trajetos curtos, de 30 minutos, pelo céu da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em 4 de março, dois dias antes do acidente, a aeronave decolou às 16h28, passando por Ribeirão das Neves, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas, Rio Acima e Sabará. A aeronave voltou para a capital às 17h06.

No dia seguinte, na terça-feira (5/3), a aeronave decolou da Pampulha às 14h29, passou por Ribeirão das Neves, Contagem, Ibirité, Casa Branca, Palhano, Rio Acima, Sabará e retornou para BH trinta minutos depois.

Investigações

Informações preliminares da ocorrência, divulgadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), apontam que houve falha, ou mau funcionamento, no motor da aeronave que tinha capacidade para nove passageiros e, no momento do acidente, levava os agentes da PF e o mecânico. 

O momento da queda foi registrado por vídeos compartilhados nas redes sociais. Nas gravações, é possível ver que a aeronave começa a soltar fumaça ainda no ar e, pelo movimento do piloto, dá a entender que ele tentou uma manobra para realizar um pouso de emergência. Ao cair, o monomotor pegou fogo. Os dois pilotos foram encontrados carbonizados pelos bombeiros.

As investigações sobre o que causou a queda do avião ficaram a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e da PF. Conforme dados disponíveis no site do centro de investigação da Força Aérea Brasileira, as apurações ainda estão em andamento. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a PF e o Cenipa para possíveis atualizações, mas até a publicação desta reportagem, ainda não havia tido retorno.

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O histórico da ocorrência aponta que após a decolagem ocorreu a “falha do motor”. Diante da situação, os pilotos realizaram uma tentativa de pouso de emergência na cabeceira oposta. Na ocasião, a aeronave, de matrícula PR-AAB, estava decolando do aeroporto para testes pós-manutenção, quando realizou uma curva à esquerda, descendo rapidamente até colidir contra o solo, sendo na sequência tomada pelas chamas.

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