CARNAVAL DE BH

Com sátira a colonizadores, Corte Devassa puxa o coro ‘sem anistia’

Os foliões presentes no cortejo, que satiriza a monarquia por meio de performances e vestuários, tomaram banho de mangueira para refrescar

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O banho de mangueira nos foliões promovido no meio do dia desta segunda (3/3) pelo bloco Corte Devassa limpou o suor, refrescou e ressuscitou quem estava desde cedo festejando pelas ruas do Bairro Floresta, na Região Leste de BH — e que não vão embora tão cedo. O bloco surgiu a partir da iniciativa de integrantes do curso de teatro da Fundação Clóvis Salgado. Os membros usam de performances artísticas e vestuários para satirizar a cultura da monarquia.

Na ocasião do banho, os presentes, em sua maioria jovens e universitários, emendaram o momento de euforia com gritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra o projeto de anistia para os golpistas do 8 de janeiro.

Ao som de muito axé, marchinhas e funk, o bloco desfilou pelas ruas do bairro da Região Centro-Sul e carregou uma multidão, que não se intimidou com os morros e seguiu na folia atrás do trio elétrico sem parar de cantar e pular.

“Eu amo as caracterizações e a música. É muito bonito o bloco, eu amo muito”, conta a publicitária Livia Fortes, de 22 anos, que tem o Corte Devassa como bloco favorito e não perde um desfile.

Junto do namorado, o desenvolvedor João Carlos Santos, de 23, a foliona ficou pertinho do caminhão-pipa pra não perder o banho. “Deu uma refrescada, mas eu vou lá de novo ainda”, revela João.

Quem também curtiu o momento foi o arquiteto Pedro Laurino, de 28 anos, que se entregou dos pés ao pescoço à chuva - mas sem molhar o cabelo para não atrapalhar o black power. “Isso daqui está uma delícia, um fervor. Está gostoso. E eu ainda estou curtindo, porque vou até o final”, relata.

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Pedro Laurino, de 28 anos, se refrescou, mas sem molhar o cabelo para não atrapalhar o black power
Pedro Laurino, de 28 anos, se refrescou, mas sem molhar o cabelo para não atrapalhar o black power Denys Lacerda/EM/D.A

Desde cedo atrás do bloco, o arquiteto conta que a bateria e a banda do trio não ficaram devendo e entregaram um bom show, apesar da estrutura modesta. “Tem uma galera que gosta de ficar perto da corda, outros preferem ficar um pouco mais longe. Mas pra todo esse povo está dando pra ouvir de boa”, disse.

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