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DOIS INOCENTES E UM CULPADO

BH: terceiro acusado de matar e ocultar corpo de pedreiro é inocentado

Evandro José Braga, de 53 anos, morreu após uma briga de bar no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, em setembro de 2022

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O Tribunal do Júri de Belo Horizonte inocentou um dos três acusados de matar o pedreiro Evandro José Braga, de 53 anos, em uma briga de bar no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, em setembro de 2022. Marcelo Soares foi julgado na tarde desta terça-feira (4/2). O corpo da vítima foi encontrado dentro do Córrego Cercadinho, no mesmo dia do crime. 

Marcelo, Paulo Alício de Souza e Júnio Cristiano dos Santos foram denunciados por homicídio qualificado, com motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Em abril de 2024, Paulo e Júnio foram julgados na capital. O primeiro foi inocentado dos dois crimes. Já o segundo foi considerado culpado pela morte do pedreiro e inocente em relação à ocultação de seu corpo.

Diante da decisão do corpo de júri, na época, a juíza Fabiana Cardoso Gomes estipulou pena de oito anos e três meses em regime fechado. No entanto, por já estar detido desde novembro de 2022, a pena passou para o regime semiaberto e ele poderá recorrer em liberdade.

O processo do trio foi desmembrado em abril de 2023, sendo o réu desta terça-feira separado da dupla. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não informou quais as argumentações usadas pela defesa de Marcelo que levaram à absolvição. 

O crime

O corpo de Evandro José Braga foi encontrado em 11 de setembro de 2022, no Córrego Cercadinho, no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. Conforme o Boletim de Ocorrência, ele foi espancado por três homens com quem tinha uma rixa. Evandro foi empurrado pelos envolvidos e fraturou o pescoço. 

Na época do crime, a Polícia Civil informou que no dia anterior, 10 de setembro, a vítima teria tido um desentendimento, por motivo não revelado, mas considerado fútil, com a filha de um dos suspeitos, de 41, conhecido como “Zé do Cachorro”, que era seu principal desafeto.

Ainda conforme a corporação, um dos suspeitos fazia um churrasco em sua casa, quando avistou Evandro passando em frente ao local. Um grupo de convidados então teria começado a perseguir o homem e iniciado as agressões com uma garrafada. O resultado da confusão foi com o pintor sendo jogado dentro do córrego.

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Inicialmente, a vítima teria sido perseguida por um grupo maior de pessoas, sendo elas carroceiros, colegas de trabalho do desafeto da vítima, mas, ao alcançá-la, somente dois deles prosseguiram com as agressões. Com o espancamento, Evandro perdeu a consciência e, já desfalecido, foi jogado pelos suspeitos dentro do córrego.

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