
Tarifa do ônibus metropolitano aumenta a partir desta quinta (9)
A Secretaria de Estado de Infraestrutura afirma que o reajuste considera a inflação do período e visa assegurar a operacionalização do sistema
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Siga noO valor das passagens para a utilização do transporte público metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte aumenta a partir desta quinta-feira (9). Agora, a passagem, que era R$ 7,70, passa a custar R$ 8,20, um aumento de R$ 0,50.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) afirma que o reajuste é estabelecido em contrato, que prevê a revisão anual dos valores do transporte coletivo. De acordo com a pasta, o percentual solicitado pelas empresas foi de 8,70%. No entanto, após análise do pedido, o Estado autorizou aumento de 6,49%.
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“O reajuste é necessário para assegurar a operacionalização do sistema, considerando a inflação do período, a atualização dos insumos mais relevantes e a correção dos custos contratuais com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, pontuou o Executivo estadual, em nota.
Novos ônibus
Conforme a Seinfra, atualmente, o sistema de transporte metropolitano conta com 636 linhas em operação, que atendem os 34 municípios da Grande BH. Em média, 14 mil viagens são feitas por dia e recebem 650 mil usuários diariamente.
Neste ano, o Estado investiu na modernização do transporte público da RMBH, com a aquisição de novos ônibus, viabilizada junto às empresas, por meio do acordo firmado em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Até o momento, segundo a Seinfra, 224 veículos foram distribuídos, dos quais 180 já estão em operação. A previsão é a de que, até o fim de 2025, 850 carros estejam incorporados ao sistema, renovando um terço da frota total e oferecendo mais segurança, agilidade e conforto à população.
O primeiro lote, de 66 novos ônibus, foi entregue no último dia 5. Na primeira remessa, foram 38 novos carros direcionados para as regiões de Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Taquaraçu de Minas e Jaboticatubas; outros 11 veículos para linhas que atendem à região de Contagem; e 17 ônibus para linhas das regiões de Mateus Leme, Azurita, Juatuba e Betim.
A distribuição levou em consideração a idade dos veículos que serão substituídos, quantidade de reclamações e volume de passageiros transportados.
Revolta
O aumento das passagens está gerando revolta entre a população da Grande BH. Com o lema “Esse aumento é um assalto!”, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-REDE/BH) convocou uma reunião aberta ao público da Frente Popular pelo Transporte Coletivo. O encontro será nesta quinta-feira (9/1), às 18h30, na sede do Sindicato, que fica na Avenida Amazonas, no 10º andar do número 491, no Centro.
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Ao Estado de Minas, Carol Pasqualini, da Diretoria Colegiada do Sind-REDE/BH, afirmou que a reunião irá pautar temas como o direito de locomoção da população, mesmo que não tenham como pagar, além de novas ações contra o aumento da tarifa do ônibus. "Belo Horizonte e a Região Metropolitana são exemplos clássicos do fracasso do modelo de duas politicas: o não investimento em modais distintos de transporte (metrô, trem e outros) e a privatização do serviço. Hoje o município sustenta com recursos públicos, via subsídio para as empresas, o serviço prestado", questiona a diretora.
Ela reclamou que a metrópole "tem umas das passagens mais caras do país" e, por isso, foi criada a Frente Popular pelo Transporte Público, que também conta com o Sindicato. "Transporte é um serviço essencial de responsabilidade do poder público, e as pessoas deveriam ter o direito de se locomover mesmo que não tenham como pagar. O que existe há décadas em BH, Contagem e demais cidades da região metropolitana é a transformação da necessidade de muitos em uma vantagem para muito poucos. Tarifa Zero é uma possibilidade que já existe em outras cidades, por isso a construção de uma frente", contou Pasquialini.