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PRESÍDIO DE UBERLÂNDIA

Homem preso por espancar e esfaquear a filha é encontrado morto na cela

Lucas Melo estava preso desde 2021 por ter matado a filha com ajuda da esposa. Crime foi cometido em Contagem, na Grande BH

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Lucas Melo da Silva, condenado por espancar e esfaquear a filha, de 10 anos, com ajuda da esposa, foi encontrado morto na cela da penitenciária em que cumpria a pena, na manhã de quarta-feira (16/10), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Tanto o detento quanto a esposa, Déborah Almeida da Silva, estão presos desde a época do crime, cometido em agosto de 2021. O corpo da filha do casal foi encontrado enrolado em um saco preto, embaixo de uma cama no imóvel em que moravam em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O corpo de Lucas foi encontrado pelos policiais penais, já sem sinais vitais, pendurado na janela do banheiro da cela com uma corda feita de lençol, e que estava amarrada ao pescoço. O detento dividia o espaço com outros dois presos. As informações foram passadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

A pasta também informou que o caso será investigado administrativamente por meio de um procedimento interno instaurado pela direção da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga. Uma das hipóteses consideradas é de que tenha sido um caso de autoextermínio. No âmbito criminal, as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil.

Relembre o caso

Lucas e a esposa, Déborah, foram condenados a 14 anos e oito de prisão, respectivamente, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da filha deles, Ana Livia Almeida Contarini, na época com 10 anos. A menina foi espancada pelo casal até a morte.

Conforme o Boletim de Ocorrência, o crime teria sido motivado por uma discussão entre mãe e filha. A mulher teria começado a bater na criança e, em seguida, o homem teria continuado as agressões.

A menina ainda teria sido agredida com pauladas, golpes de faca e queimaduras com cigarro. A sessão de tortura, segundo a Polícia Civil (PCMG), teria ocorrido na presença da mãe. Enquanto a criança agonizava deitada num colchão, o casal jantou.

Conforme as investigações, Ana Lívia estava sendo espancada desde fevereiro do mesmo ano. Além disso, a menina teria sofrido abusos sexuais que resultaram em lesões gravíssimas em sua genitália.

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Com informações de Clara Mariz

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