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PATRIMÔNIO CULTURAL

Professor da UFMG recebe Prêmio Forbes por defesa do patrimônio cultural

Criada na década de 1950, premiação reconhece, pela primeira vez, um pesquisador da América Latina

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Um profissional que eleva o nome de Minas Gerais, defende fervorosamente o patrimônio cultural e pesquisa, com afinco, a história da arte. Este é o professor Luiz Souza, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que recebeu na segunda-feira (30/9), em Lima, no Peru, o Prêmio Forbes 2024 do International Institute for the Conservation of Historic and Artistic Works/IIC (Instituto Internacional para Conservação de Obras Históricas e Artísticas). A entrega ocorreu durante a abertura do 30º Congresso do IIC.

Conforme divulgação da UFMG, Luiz Souza é o primeiro latino-americano premiado com o Forbes, criado na década de 1950 para reconhecer profissionais com contribuição substancial para a preservação e divulgação do patrimônio cultural. “Este prêmio é motivo de muito orgulho. Não somente para mim, mas também para a UFMG, Minas e o Brasil”, disse o professor nascido e criado em Formiga, na Região Centro-Oeste de Minas.

A premiação inclui, tradicionalmente, o convite para proferir a conferência de abertura do congresso. Ao abordar o tema da promoção da diversidade social e inclusão na preservação do patrimônio cultural, Souza defendeu que se valorize o patrimônio de grupos e comunidades negligenciadas como o das mulheres, dos negros, quilombolas, indígenas e pessoas LGBTQIAPN+. À apresentação, ele deu o teve o seguinte título: “Eu adoraria mudar o mundo: um patrimônio de cada vez”.

Na sua palestra, o docente da UFMG disse: “Destaquei o preconceito e a violência que sofrem essas comunidades. O patrimônio cultural é o elo, é preciso conhecer e respeitar a história e a cultura de todos os grupos”. E citou, como ótimo exemplo de iniciativa nesse sentido, o Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), em Belo Horizonte.

Também se encontra na capital peruana um grupo de professores e estudantes da UFMG e membros do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) Patrimônio Cultural, coordenado na universidade, primeiro Instituto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MTCI) dedicado aos temas do patrimônio natural, artes, sustentabilidade e território. Luiz Souza é o vice-diretor do INCT, que tem à frente o professor Fabrício Santos, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.

 

Conservação-restauração

Professor permanente do programa de pós-graduação em artes e em ambiente construído e patrimônio sustentável, na UFMG, Luiz Antonio Cruz Souza é mestre em química-ciências e conservação de bens culturais, com trabalho experimental no Institut Royal du Patrimoine Artistique (Instituto Real do Patrimônio Artístico), na Bélgica, e doutor em química, sempre pela UFMG, com trabalho experimental com o Getty Conservation Institute (Instituto de Conservação Getty), nos Estados Unidos. Fez estágio pós-doutoral na Universidade de Perugia (Itália).

Atualmente, Souza é coordenador do Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), vinculado ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), da Escola de Belas Artes, e à graduação em Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis, na Escola de Belas Artes. Coordenou o Programa de Pós-graduação em Artes e dirigiu a Escola de Belas Artes. Hoje, integra o conselho consultivo do International Council of Museus (Icom) e ainda é membro permanente do Working Group on Sustainability, da entidade. Integra também o conselho do Icom Brasil. A experiência do professor está na área de artes e ciência da conservação, com ênfase em ciência e tecnologia para a conservação-restauração de bens culturais.

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