Defesa Civil de BH registrou 28% a menos de chamadas no período chuvoso
 -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Defesa Civil de BH registrou 28% a menos de chamadas no período chuvoso

crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press

A Defesa Civil de Belo Horizonte anunciou na manhã desta quinta-feira (11/4) que houve uma queda de 28% no número de atendimentos durante o período chuvoso 2023/2024 – que abrange outubro a março. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) também anunciou resultados dos investimentos feitos preventivamente, incluindo um conjunto de 300 obras por toda a cidade.

 

Ao todo, foram registrados 2.641 atendimentos via telefone 199 ao longo do período chuvoso – 1.033 a menos que no período anterior –, grande parte para vistorias em imóveis particulares nas regionais Pampulha, Centro-Sul e Venda Nova.

 

De acordo com o subsecretário de Proteção e Defesa Civil Waldir Figueiredo, também houve uma redução de ocorrências relacionadas a quedas de árvores, problemas com rede elétrica e infraestrutura de via: foram 1.416 (755 a menos que no período anterior, configurando uma redução de quase 35%).

 

A partir deste ano, a Defesa Civil também passou a enviar os alertas de tempestade pelo aplicativo WhatsApp. São avisos de ocorrência de chuvas fortes, granizo, vendavais, alagamentos, risco de deslizamentos e outros fenômenos. Estes alertas já eram enviados por SMS e para quem possui TV por assinatura.

 

Outros números

 

A BHTrans também foi ativa no número de atendimentos às consequências das chuvas. Foram quase 5 mil ocorrências, entre acidentes, queda de árvores, bloqueio de vias e monitoramento dos córregos, e todas as intervenções foram disponibilizadas no Waze e no Google Maps para que os motoristas pudessem evitar as regiões bloqueadas. A Avenida Teresa Cristina foi um dos pontos de maior intervenção das equipes, com quatro bloqueios.

 

Todos os pontos de acionamento tiveram monitoramento in-loco ou por meio de câmeras do COP-BH – que teve a instalação do Grupo de Gestão de Risco e Desastres (GGRD) ao longo do período chuvoso 2023/2024.

 

Os locais de monitoramento e risco de inundações receberam sinalizações em pontos estratégicos para que os agentes também pudessem agir rapidamente e orientar veículos e pedestres sobre desvios.

 

Para a realização das ações da BHTrans, foram mais de 350 equipamentos de sinalização móvel, 155 monitoramentos visuais em diversas vias e 13 bloqueios preventivos em vias com risco de alagamento.

 

A PBH também anunciou que, ao longo dos 81 dias do período chuvoso, houve 24 eventos extremos (dias que superaram 70mm em 24h) – com destaque para os dias 1° de janeiro e 20 de março, quando caíram, respectivamente, 109,2mm e 108,6mm no córrego Ferrugem –; 900 vistorias em áreas de risco geológico; e recolhimento de 487 toneladas de resíduos decorrentes das chuvas. Somente em 2024, foram limpas 29.105 bocas de lobo, das quais saíram 442 toneladas de resíduos. O volume médio das chuvas foi de

1.514mm de água.

Grupo de Gestão de Risco e Desastres

 

Com receio do período chuvoso, no dia 2 de outubro foi anunciada a criação do Grupo de Gestão de Risco e Desastres (GGRD) para que houvesse um acompanhamento das ações da PBH.

 

“Quando chega o período chuvoso, nossa tensão aumenta muito por conta das ocorrências anteriores, mas foram elas que nos serviram de guia para um conjunto de obras que precisavam, precisam e precisarão ser feitas para conter os problemas com as chuvas em Belo Horizonte”, definiu o prefeito Fuad Noman (PSD).

 

O grupo foi composto por técnicos e especialistas das secretarias de Obras, Saúde, Assistência Social, Política Urbana, Segurança Pública e Governo, Urbel, Defesa Civil, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sudecap, BHTrans e Superintendência de Mobilidade (Sumob), e teve autonomia para tomar decisões e definir medidas em caso de desastres.

 

O acompanhamento multisetorial foi feito diariamente no COP, onde mais de 4 mil câmeras permaneceram monitorando, em tempo real, ocorrências rotineiras ou críticas relacionadas às chuvas, como alagamentos, enxurradas, inundações e quedas de árvores.

 

Cerca de R$1 bilhão foram gastos em ações de prevenção na época da criação do GGRD e incluíram um conjunto de mais de 300 obras por toda a cidade, das quais 52 seguem em andamento. A previsão é de que todas as obras para a prevenção de enchentes se encerrem ainda neste ano, com investimentos adicionais de R$ 19 milhões.