Chuvas provocaram inundação em ruas em Juramento, no Norte de Minas -  (crédito: Prefeitura de Juramento/Divulgação)

Chuvas provocaram inundação em ruas em Juramento, no Norte de Minas

crédito: Prefeitura de Juramento/Divulgação

O período chuvoso 2023/2024 em Minas Gerais teve redução de mais de 10 mil desalojados, quase 2 mil desabrigados e 16 mortes em comparação ao período anterior. De acordo com o major Luis Antônio e Silva, superintendente de Gestão de Desastres da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), as ações preparatórias do órgão vêm com objetivo de zerar os óbitos.

 

"Houve o registro de seis óbitos, e a gente não fica feliz com isso [apesar da redução]. O nosso objetivo é que não tenha nenhum óbito e vamos trabalhar incessantemente para que não haja nenhum óbito em virtude de chuva, principalmente com ações preventivas", declarou o major em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (3/4).

 

 

O período chuvoso de 2023/2024 registrou, ao todo, 2.833 pessoas desalojadas, 399 desabrigadas e 6 mortes. O período anterior, de 2022/2023, tinha registrado 12.923 pessoas desalojadas, 2.241 desabrigadas e 22 óbitos.

 

Major Luis Antônio na coletiva de balanço de chuvas

Major Luis Antônio na coletiva de balanço de chuvas

Edésio Ferreira/EM/DA Press

 

"Atribuímos essas reduções, principalmente, às ações que a Defesa Civil tem feito ao longo do ano, não apenas no período chuvoso. Tivemos ações preventivas, de capacitação junto aos municípios, e observamos uma maior participação da população, que se cadastrou mais no 40199 para receber alertas da Defesa Civil", afirmou o major.

 

 

A Cedec informou que 561 municípios mineiros receberam treinamentos e capacitações realizados com os servidores municipais desde abril de 2023, logo após o último período chuvoso. Em julho do mesmo ano, foram distribuídos aos municípios mais de 15 kits, contendo uma viatura 4x4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos. Os kits somaram-se a outros 497 já doados, totalizando 512 em todo o estado.

 

Consequências no período

 

O superintendente da Cedec também alertou que, apesar da redução das chuvas no período, que também podem ter tido efeito na redução de desastres, houve consequências.

 

"Observamos que vários dos eventos que ocorreram vieram de forma mais severa em forma de vendaval e granizo, inclusive alguns dos óbitos registrados nesse período foram em decorrência de vendaval, desabamento de casa", declarou.

 

 

No período registrado, 102 municípios decretaram situação de anormalidade, em relação a 289 registrados no período anterior. Todos eles receberam apoio da Cedec para a organização de ações de resposta e recuperação da normalidade e equipes de resposta foram enviadas para auxiliar as cidades mais afetadas.

 

Cerca de 11 mil itens, totalizando cerca de 117 toneladas de suprimentos, como cestas básicas, colchões, kits dormitório, kits higiene, kits limpeza e itens avulsos foram doados a fim de apoiar as famílias atingidas.