Vista do céu carregado com nuvens de chuvas, na Praça do Papa, na região Centro-Sul de BH -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Vista do céu carregado com nuvens de chuvas, na Praça do Papa, na região Centro-Sul de BH

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

As chuvas fortes que atingiram Belo Horizonte ao longo do mês de março ultrapassaram em 39% a média esperada. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital mineira registrou 274,4 mm de chuva nos 31 dias do mês, contra 197,5 mm previstos.

 

Segundo a meteorologista Anete Fernandes, a média histórica de chuva em uma localidade corresponde ao valor médio durante um período de 30 anos, considerado como climatologia ou valor de referência. Então, quando o volume total do mês fica próximo, acima ou abaixo da média, apenas indica se o mês foi mais chuvoso ou mais seco que o normal.

 

 

A especialista explica que as implicações das chuvas estão mais associadas à forma como elas se distribuem ao longo do mês do que o total acumulado. Um dia que tenha um acumulado de 100 mm, por exemplo, pode resultar em problemas na cidade, como alagamentos e enxurradas.

 

Em março, a Defesa Civil de BH registrou diversas ocorrências em dias de chuva intensa na capital. Em diferentes dias do mês, Belo Horizonte registrou grande volume de chuva, o que causou alagamento e bloqueio de vias, assim como queda de árvores e até o desabamento de um casa na região do Barreiro na última terça-feira (26/3).

 

 

Na mesma data, a Defesa Civil emitiu um alerta para risco geológico moderado nas regiões Barreiro, Oeste e Pampulha válido por dois dias. Na semana anterior, o órgão municipal já havia emitido outro alerta para as regionais Noroeste e Oeste, que estavam sob risco geológico forte, enquanto as regionais Nordeste e Barreiro estavam sob risco geológico moderado.

 

De acordo com balanço feito pela Defesa Civil de BH, as regionais Barreiro, Centro-Sul, Noroeste, Oeste e Pampulha ultrapassaram a média esperada. As regiões Oeste e do Barreiro lideram com 359,6 mm e 358,9 mm registrados, respectivamente. Isto representa que as regiões ultrapassaram mais de 80% do aguardado.

 

Acumulado de chuvas (mm) no mês de março de 2024:

  • Barreiro: 358,9 (181,7%)
  • Centro-Sul: 320,4 (162,2%)
  • Leste: 155,8 (78,9%)
  • Nordeste: 179,8 (91%)
  • Noroeste: 316,6 (160,3%)
  • Norte: 131,8 (66,7%)
  • Oeste: 359,6 (182,1%)
  • Pampulha: 235,6 (119,3%)
  • Venda Nova: 147,1 (74,5%)

 

Média Climatológica de março: 197,5 mm

 

A meteorologista Anete Fernandes explica que se o volume de chuvas for distribuído em diferentes dias ao longo do mês, é pouco provável que haja problemas como alagamentos, inundações, queda de árvores, desabamentos e deslizamentos. Caso a chuva não tenha excessos diários, ela pode, inclusive, contribuir para questões hídricas, como o abastecimento do lençol freático e o abastecimento de reservatórios.


Previsão do tempo

 

O dia deve ser de céu claro a parcialmente nublado com possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas isoladas a partir da tarde na capital. De acordo com a Defesa Civil de BH, a temperatura mínima registrada foi de 18°C e a máxima pode chegar a 31°C. A umidade relativa do ar fica em torno de 35% à tarde.