Fuad -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

'Tivemos pouquíssimas ocorrências para um número estimado de 5,5 milhões de foliões', comemorou o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD)

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

Foram dias de muita diversão para os belo-horizontinos e turistas que estiveram presentes em mais uma edição do carnaval na capital mineira. Com a aproximação do fim do quarto dia de folia, a prefeitura de Belo Horizonte apresentou, nesta terça-feira (13/2), um balanço parcial dos números da festa.

Depois de participar de uma reunião com representantes das equipes do executivo municipal, o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), avaliou positivamente a folia deste ano. “Os números que nós vemos hoje são extremamente positivos. Tivemos pouquíssimas ocorrências para um número estimado de 5,5 milhões de foliões. A maioria delas por questão de bebida”, disse Fuad em coletiva de imprensa, realizada nesta manhã.

A prefeitura deve divulgar um balanço detalhado de ações de segurança, fiscalização e limpeza urbana durante o período de festa, mas alguns números parciais já foram adiantados à imprensa.

Ao todo, desde o início do carnaval, foram 249 ocorrências registradas pelo Centro Integrado de Operações (COP). Entre os destaques, estão os atendimentos de saúde (102), fiscalização (78) e segurança pública (29). “Até agora, nossa situação é tranquila. As pessoas estão se divertindo, a cidade está limpa. Os ônibus estão funcionando, metrô está funcionando. Estou muito satisfeito”, avaliou o prefeito.

A maior parte das ocorrências foram registradas na Região Centro-Sul, onde também se concentra a maior parte dos blocos. Ao todo, 345 blocos já desfilaram no carnaval de BH, desde o início da folia, contabilizada pela prefeitura desde 27 de janeiro. Alvo de inúmeras críticas pela realização da folia dentro da área do Parque Municipal, o prefeito destacou que não houve registro de nenhuma ocorrência ambiental.

“Nós temos toda uma preocupação, feita em todas as áreas, e não aconteceu nada. Tivemos ambulância, veterinário, UTI móvel lá dentro. As pessoas acabaram criticando sem a preocupação de verificar o que a prefeitura estava fazendo para proteger contra qualquer tipo de incidente”, afirmou.

'Saldo positivo' 

No quesito segurança, apesar de ocorrências específicas, como a morte de um homem nessa segunda-feira (12/2), o prefeito de BH disse que o saldo é positivo e compara com outras cidades onde a festa é realizada.

“Quantas vítimas? Quantos assassinatos? O que nós temos que comparar é isso. Tivemos 5 milhões de pessoas reunidas e um homicídio. Eu acho que é um número muito pequeno. Lamentável qualquer situação dessa. Como estão lembrando aqui foi pós-carnaval, não foi no carnaval, mas isso não tira o impacto negativo de se ter uma vítima”, pondera.

Fuad também celebrou o aparato de segurança às mulheres durante a festa e diz que o “não é não” -referência ao combate a violência contra mulheres - é levado a sério na cidade.

Ajustes no trânsito

Em relação ao trânsito, ponto sensível da cidade durante o carnaval, a operação foi considerada bem sucedida pela BHTrans. Neste ano, foi implementada uma nova estratégia para o fechamento de ruas e avenidas em Belo Horizonte para a passagem dos bloquinhos de carnaval, com bolsões fechados ao trânsito durante os cinco dias de folia.

“Sempre vão ter impactos. Eventuais ajustes foram realizados conforme a necessidade”, disse Fuad na coletiva.

A imagem dos garis acompanhando o desfile dos blocos de rua de Belo Horizonte é uma das marcas do carnaval deste ano e resultou em 483 toneladas de lixo recolhidas, entre sábado (10/2) e segunda-feira (12/2). Em média, foram recolhidos 160 toneladas de lixo das ruas de BH por dia de folia. O esquema de limpeza não contou apenas com vassouras: caminhões-pipas e lava-jato ajudaram na limpeza da cidade.

Banheiro químico

A limpeza dos banheiros químicos, uma das grandes reclamações dos foliões, segundo Fuad, é um desafio diante da quantidade de pessoas que utilizam os sanitários.

"O banheiro químico tem essa questão. Mesmo tendo a autolimpeza, o movimento é muito grande, não tinha mais banheiro para alugar em Belo Horizonte. Vamos ver o que pode ser feito ano que vem. Lamentavelmente, ainda temos algumas pessoas não usando, fazendo na rua, mas isso é questão de educação”, disse.