As bilheterias do metrô só aceitam dinheiro em espécie. -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

As bilheterias do metrô só aceitam dinheiro em espécie.

crédito: Túlio Santos/EM/D.A.Press

Às vésperas do Carnaval, os metroviários de Belo Horizonte entraram em estado de greve e podem parar a qualquer momento. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (1/2) depois de uma reunião, convocada pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro).

Os profissionais ameaçam cruzar os braços no Carnaval, caso a Metrô BH, concessionária que administra o serviço, não reveja as condições de operação durante a folia. A categoria pede que o intervalo entre os trens seja reduzido para evitar superlotação. “A intenção é que a gente rode no Carnaval, a gente não quer parar. Mas não nos resta outra saída”, afirma Daniel Carvalho, secretário-geral do Sindimetro.

Na avaliação de Carvalho, a sobrecarga de demanda nos dias de festa, somada à falta de planejamento, pode ser prejudicial para a qualidade do serviço e saúde dos trabalhadores, além de trazer riscos à segurança. “Queremos garantir uma condição minimamente digna para o usuário e os empregados”, disse. A categoria sugere reduzir o intervalo entre as viagens de 10 minutos para 5 minutos.

Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira (7/2), às 17h30, para decidir os rumos do movimento. Até lá, os metroviários esperam que a concessionária responsável pelo serviço apresente um plano de ação para a operação do metrô no período de Carnaval.

A entidade afirma que, após a privatização, houve uma diminuição significativa no número de empregados no metrô, de 1.483 empregados, para 702. “Essa situação é fruto da precarização do serviço ao longo do ano. Perdemos quase metade do efetivo, que não foi reposto totalmente”, comenta o secretário-geral do Sindimetro.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa