Villa Moura Olival, em Itabirito, oferece piquenique com pizza e pães
 -  (crédito: Juliana Foini/Divulgação)

Villa Moura Olival, em Itabirito, oferece piquenique com pizza e pães

crédito: Juliana Foini/Divulgação

Natureza, cenários charmosos e pratos de dar água na boca. Se você anda perdido dentro de casa, sem saber como curtir os dias de férias em Belo Horizonte, descubra pequenas viagens, bate e volta, em destinos próximos à capital, que guardam tesouros em passeios inesquecíveis e são um convite ao paladar e aos olhos.


Brumadinho, Itabirito, Ouro Preto, Nova Lima e Serra da Moeda são alguns oásis que surpreendem pelo refinamento do tempero mineiro nos mais variados pratos e origens, de preparações especiais, como os defumados, até a mais autêntica comida mineira preparada no fogão a lenha. Então, é se planejar e explorar Minas Gerais no fim de semana. Há pontos turísticos com lindas paisagens e culinária do mais alto nível, no melhor jeito mineiro de ser.


Um desses recantos é o Vila da Lavanda, que fica na Serra da Moeda, próxima ao Rio Tumba, a 45km do Centro de BH e 30km de Inhotim. Por lá, você vai se encantar com uma plantação de lavanda, o ponto máximo do passeio, sem falar da experiência gastronômica preparada pelo chef André Prates, que também comanda o Coal BBQ, pioneiro em churrasco americano no estado. Você pode escolher brunch e/ou almoço. Só não se esqueça de fazer a reserva.

Vila da Lavanda recebe os visitantes com uma mesa caprichada de brunch: tem pão de queijo, torta de frango, bolo de fubá e outras delícias

Vila da Lavanda recebe os visitantes com uma mesa caprichada de brunch: tem pão de queijo, torta de frango, bolo de fubá e outras delícias

Vila da Lavanda/Divulgação


“O Vila da Lavanda surgiu na pandemia. É uma propriedade familiar que se tornou uma hospedaria, um ambiente de casa, decorada por Diana, minha mãe e anfitriã, e eu assino os cardápios. Abrimos a alimentação para o público e servimos uma comida afetiva, de casa. É o bolo de fubá, o pão de queijo, geleias, linguiça defumada, bacon, ovos caipiras, das galinhas que criamos, torta de frango, biscoito de lavanda. São dois cardápios, com atendimento personalizado e uma filosofia de hospitalidade. Trazemos as pessoas para dentro da nossa casa e tudo isso ambientado pela lavanda, aqui há mais de 20 anos”, destaca o chef André Prates, proprietário ao lado dos pais, Virgílio e Diana.


Quanto ao cardápio do almoço, é o tradicional entrada, prato principal e sobremesa. André Prates destaca a linha de defumados, sua especialidade, como costela de boi e costelinha de porco, e revela que a torta de morango, com massa de pão de ló, morangos em cima e chantili, é imbatível na sobremesa. “Tanto no brunch quanto no almoço, nosso propósito é que as pessoas tenham uma experiência gastronômica, além de vivenciar o lugar, a lavanda, a comida afetiva e a beleza natural”.


Boa comida que divide espaço com a natureza, a beleza da lavanda, a sinfonia do barulho da água que desce pelo rio, trilhas, uma decoração linda, além de opções de turismo e passeio rural na região da Serra da Moeda e Piedade do Paraopeba. Enfim, são muitos motivos para conhecer a Vila da Lavanda.

Cerveja e chope


Que tal visitar a fábrica da cervejaria Uaimií, na Fazenda Uaimií, nos arredores da Estrada Real, entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto? A expressão Uaimií significa Alto Rio das Velhas em tupi-guarani e o lugar, com sua identidade indígena-histórica, remonta aos tempos áureos de uma Minas Gerais barroca, de belezas naturais e descobertas para a geologia, botânica, metalurgia, engenharia e mineralogia.


A Uaimií é uma autêntica cervejaria aos moldes das aconchegantes “ferme brasserie” ou “farmhouse brewery” da Europa e Estados Unidos. A estrutura de fabricação conta com mil metros quadrados de área construída, inspirada na famosa Casa de Ópera de Ouro Preto (teatro mais antigo em funcionamento nas Américas), cave para a maturação de cervejas de guarda e um confortável bar para apreciação das bebidas e da vista natural, com montanhas, flores e florestas.


Na fazenda, além da produção de cervejas, são cultivadas flores e folhagens, bem como preservados outros 40 hectares de mata virgem.

Depois de conhecer todo o processo de fabricação de cervejas, você desfruta de um almoço preparado no fogão a lenha na Fazenda Uaimií

Depois de conhecer todo o processo de fabricação de cervejas, você desfruta de um almoço preparado no fogão a lenha na Fazenda Uaimií

Hellen Drumond/Divulgação
 


Além da degustação da cerveja e chopes, há um cardápio de pratos vegetarianos, carnes e grelhados leves. Para curtir essa experiência, é preciso montar grupos a partir de oito pessoas e agendamento prévio.

Flávia Paiva, sócia da Cervejaria Uaimií, explica que, como lá não é um restaurante, não há cardápio fixo e o menu é de acordo com o grupo fechado. “Priorizamos a comida mineira no fogão a lenha, pratos veganos, de acordo com a idade, enfim, personalizado. A proposta é um passeio pela fábrica para conhecer o processo da cerveja, os estilos e depois o almoço, com entrada, prato principal e sobremesa. E, claro, cerveja e chope, com a harmonização que indicamos a cada refeição”.


A experiência completa, com visitação técnica, chope liberado e almoço, dura de quatro a cinco horas. Além de conhecer a fábrica e todo o processo de produção, você vai degustar diferentes estilos de cerveja. Em seguida, desfrutar de um almoço (entrada, prato principal, sobremesa e suco natural) ao ar livre, preparado no fogão a lenha e servido debaixo de jabuticabeiras e de outras árvores frutíferas e nativas da região, com pratos selecionados para harmonizar com a cervejas.


“O ambiente é convidativo também pelo paisagismo, com muitas plantas, flores e ervas e tudo bem cuidado. Componentes, aliás, usados na cerveja. Assim como a salada variada, montada direto da nossa horta, flores comestíveis e o suco de jabuticaba, framboesa e amora, tudo da fazenda. E ainda temos os doces mineiros”.

Pratos harmonizados


Como o passeio é em uma cervejaria, Flávia destaca três pratos harmonizados com cerveja. “Um prato de sucesso é a carne de panela, preparada na fazenda, que harmoniza com a cerveja Carcará, estilo IPA. A salada variada é ideal com a cerveja Flor da Lua, estilo Wit Beer, mais leve, que leva limão siciliano e erva-cidreira colhidos na fazenda. Na sobremesa, o pudim de chocolate com calda de jabuticaba se completa com a cerveja Chico Rei, estilo Dry Stout”.


Você também pode escolher outro tipo de vivência na Fazenda Uaimií. Na visita à fábrica com degustação harmonizada, terá a oportunidade de fazer um tour e conhecer o processo de produção da cerveja. Depois, pode desfrutar de uma degustação de três estilos de cerveja, harmonizados com um petisco. Essa experiência tem duração aproximada de duas horas.

A Krug Bier promove, em um sábado de cada mês, visitas guiadas para quem quer conhecer de perto a produção

A Krug Bier promove, em um sábado de cada mês, visitas guiadas para quem quer conhecer de perto a produção

João Couto/Divulgação


A Experiência Krug Bier estará disponível para o público a partir de fevereiro. A cervejaria artesanal promove, em um sábado de cada mês, visitas guiadas para quem quer conhecer de perto como é a produção.


O Tour na Fábrica é conduzido por Fabiana Bontempo, cervejeira, mestre em estilo e embaixadora da Krug Bier. Ela é a responsável por receber os visitantes e apresentar de perto as matérias-primas usadas na produção das cervejas, as instalações da nova fábrica e o processo produtivo. A visita tem duração média de uma hora e é destinada a maiores de 18 anos.


“Estamos criando uma verdadeira imersão cultural cervejeira aos sábados de visitação à fábrica aqui na Krug. Já vamos para mais uma edição com muitos feedbacks positivos em relação à experiência do cliente na fábrica. A intenção é estreitar os laços com os apreciadores de nossas cervejas, trazer muita informação em forma de um bate papo leve e descontraído, que certamente ficará na memória de todos os que vierem nos visitar”, explica Fabiana. Há planos de incluir experiências com comida.


Cercado por oliveiras

Outro passeio gastronômico que deve estar na sua lista é a Villa Moura Olival, que fica em Itabirito, a uma hora e meia de Belo Horizonte, na divisa do Parque do Gandarela, e a aproximadamente 1.100 metros de altitude. Dentro da propriedade tem uma cachoeira com queda de 30 metros de altura, clima de montanha e um olival com 1.500 pés. O cenário é espetacular. A sede, Casa Villa Moura, foi construída de maneira especial. A pintura foi feita de pigmentos obtidos do minério de ferro e o piso, com cerâmica de barro vindo de uma antiga olaria em Rio Acima (MG), fazendo reverência ao cerrado.


Os proprietários são a economista Denise Araújo e seu marido, o médico aposentado Edilson Moura, ótimos cozinheiros, com carinho especial pela confeitaria, que transformaram a casa de fim de semana da família em pousada mergulhada na experiência de um olival.


A Villa Moura Olival funciona como pousada de sexta a domingo e recebe visitantes, exceto aos sábados, para brunch, passeios e piqueniques, tendo como protagonistas azeitonas e azeites. Os passeios devem ser agendados para grupos de, no mínimo, 10 pessoas.


Denise conta que o passeio pelo olival promove uma imersão. Conduzido por Edilson, especialista na produção de azeitona e elaboração de azeite, tem compartilhamento de saberes, degustação, prova de azeite e um brunch variado, com pães, pizzas, doces e sucos, todos feitos na Vila. Alguns pratos são feitos na hora, com os visitantes vendo Denise preparar tudo na cozinha. Já para os hóspedes da pousada, há um cardápio preparado por um chef no fim de semana.


É possível escolher o passeio no olival com brunch ou piquenique, montado ao lado de um curso de água, um ambiente relaxante e agradável. Você recebe uma cesta com pizza e sucos. Quem for um apreciador de azeite vai gostar de saber que a safra 2024 estará disponível a partir da primeira semana de março e terá venda on-line para BH.

Costelinha "Low and Slow" no forno finalizada com mel (Vila da Lavanda)

Costelinha "Low and Slow" no forno finalizada com mel (Vila da Lavanda)

Francisco Dumont/Divulgação


Entre as delícias gastronômicas do brunch, Denise destaca a pizza romana de calabresa, clássica, com tomates e azeitonas, e a de maçã com queijo brie. Fala também dos nove tipos de pães salgados recheados, como pesto, creme de alho e ervas e tomate-cereja com manjericão, todos com muçarela. Há versões para o público vegetariano de pães e pizzas.


Denise se empolga ao revelar a grande estrela do cardápio salgado, o último prato servido na degustação do brunch. “É o nosso ovo pochê, servido com pão de fermentação natural, queijo derretido, creme de trufas e azeite Villa Moura. Simplesmente delicioso”.


Para a turma do açúcar, na hora da sobremesa, há quatro tipos de mini crepes: doce de leite; creme de chocolate; frutas, iogurte grego, compota de maçã e especiarias e uvas roxas com limoncello (licor produzido lá mesmo) e cobertura de amêndoas laminadas. Tem também o pão recheado com chocolate, feito na hora, com o chocolate derretendo. Já imaginaram essa experiência?

Costelinha “Low and Slow” no forno finalizada com mel (André Prates - Vila da Lavanda)


Ingredientes
1 rack de costelinha de porco “baby back ribs”; 100g de açúcar mascavo; 50g de sal fino; 10g de páprica doce em pó; 10g de páprica picante em pó; 10g de mostarda em pó; 10g de alho em pó; 10g de cebola em pó; 5g de pimenta-do-reino em pó; mel a gosto


Modo de fazer
Primeiro, limpe a costelinha, retirando a membrana que segura os ossos com a ajuda de uma colher e uma folha de papel toalha. Depois, passe os temperos na carne e nos ossos. Pré-aqueça o forno a 120 graus e coloque a costelinha com o osso virado para baixo por aproximadamente 3 horas. Caso tenha chips de lenha de árvores frutíferas, nas primeiras 3 horas, coloque no forno para defumar e ganhar sabor. Tenha cuidado, porque existe a chance de gerar bastante fumaça no forno e no ambiente. Caso tenha um smoker em casa, o processo é o mesmo utilizando lenha e carvão no lugar do forno elétrico convencional. Depois das 3 horas, embrulhe a costelinha com o papel-alumínio e volte ao forno com os ossos virados para cima por aproximadamente 2 horas. Quando as costelinhas chegarem à temperatura interna de 90°C, aumente o forno para 200°C. Abra o papel-alumínio, vire as costelinhas, passe o mel na carne e deixe por aproximadamente 5 minutos para dourar. Sirva e aproveite.


Serviço


Vila da Lavanda (@viladalavanda)
Avenida Nossa Senhora da Conceição, 563, Quintiliano/Palhano, Brumadinho
(31) 99110-1551

Fazenda Uaimií (@uaimii)
Estrada de Capanema, km 09, Itabirito
(31) 99830-7466

Krug Bier (@krugbier)
Avenida Montreal, 280, Jardim Canadá, Nova Lima
(31) 3507-0777

Villa Moura Olival (@villamouraolival)
R8HH+7G, Acuruí, Itabirito
(31) 97178-6022