A Associação Paulista de Cineastas (Apaci) publicou uma nota de repúdio ao que chamou de "tentativas de deslegitimação e difamação" contra Wagner Moura, Jandira Feghali, deputada pelo PCdoB/RJ, e Paulo Alcoforado, diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema, a Ancine.
A Apaci se refere às críticas de Paula Lavigne, empresária da música e mulher de Caetano Veloso, e do senador Randolfe Rodrigues (PT), a um vídeo publicado por Moura em que o ator pede atenção de Lula (PT) ao apontar falhas no texto do PL do streaming aprovado pela Câmara dos Deputados no mês passado e que agora deve ser votado no Senado.
Lavigne disse também em áudio que Alcoforado e Feghali pediram que Moura gravasse o vídeo e que estariam conspirando para derrubar a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
"Às vésperas da votação dos projetos que regulam as plataformas de streaming e as Big Techs, áudios de caráter difamatório foram amplamente divulgados, numa clara tentativa de enfraquecer o debate público e atacar agentes comprometidos com a construção de uma regulação justa e à altura do audiovisual brasileiro", escreveu, em nota, a Apaci.
O que está em jogo na regulamentação do streaming?
Moura, Feghali e Alcoforado são figuras centrais para a regulamentação do streaming, projeto de lei que prevê uma cota para conteúdo nacional e tributação sobre plataformas como Netflix e Prime Video. A votação do PL, que vem sendo adiada no Senado, pode ser colocado em pauta na casa ainda nesta quarta-feira (17/12).
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Enquanto Feghali e Alcoforado são os principais articuladores do PL em Brasília, Moura tem sido vocal na defesa da regulamentação, aproveitando os holofotes sobre si pelo filme "O agente secreto", aposta do Brasil no Oscar, para falar sobre a necessidade de proteger a produção cinematográfica nacional.
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O ator disse que a taxação de 4% proposta pela lei é muito baixa se comparada ao lucro dos streamings. "O ponto mais bizarro é essas empresas poderem usar parte do dinheiro da taxação para investir em seu próprio conteúdo", afirmou Moura.
