MÚSICA

Show de Débora Maré e Murilo Antunes destaca o lado B do Clube da Esquina

Repertório da cantora e do poeta terá canções que não se tornaram hits, como "A página do relâmpago elétrico" e "Chuva na montanha"

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Se o leitor tivesse de montar um repertório que traduzisse em música grande parte de sua vida, quais canções entrariam? Para a cantora e multiartista paulista Débora Maré, toda a playlist seria uma coletânea de canções do Clube da Esquina.


O questionamento foi o ponto de partida para a concepção do show “Nada será como antes”, que Débora faz neste sábado (17/8), na Casa Outono, com a participação especial do poeta Murilo Antunes, um dos letristas do Clube.

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“É show bem mais lado B, com músicas do Clube da Esquina não tão conhecidas e nem muito tocadas”, avisa Débora Maré. O repertório terá o tema instrumental “São Tomé”, de Flávio Venturini; “Chuva na montanha” (Fernando Olly), gravada por Lô Borges; “A página do relâmpago elétrico”, parceria de Beto Guedes e Ronaldo Bastos; e “Nascente”, canção de Flávio Venturini e Murilo Antunes.


Contudo, o repertório não se limita ao lado B do Clube da Esquina. Débora também vai cantar sucessos do icônico álbum lançado em 1972, como “Nuvem cigana”, “Tudo o que você podia ser”, “Encontros e despedidas” e, claro, “Nada será como antes”, que dá nome ao espetáculo.

Em BH, de mala e cuia

Ao contrário do que possa parecer, o interesse da cantora pelo repertório menos popular dos membros do Clube não revela uma relação antiga de fã que escutou todos os discos e sabe de cor as letras. Débora Maré, de 41 anos, só teve o primeiro contato com o trabalho dos mineiros aos 26, quando veio para Minas apenas com a mala e o diploma de artes debaixo do braço.


“Tinha acabado de me formar e estava ir para morar em São Paulo, mas não era o que eu queria. Não é um estilo de vida que me agrada. Alguns amigos indicaram Minas, concordei e quando estava vindo, ganhei de presente o CD com músicas do Clube da Esquina”, lembra ela.


Entre as canções estava “Faça seu jogo”, de Lô e Márcio Borges, lançada no famoso “disco do tênis”, de Lô. Os versos “Jogue sua vida na estrada (...)/ Ouça bem as vozes do mato/ Como quem abriu seu coração” serviram como epifania para a moça que deixava tudo para trás para recomeçar a vida em Minas.


Débora ingressou na cena musical de Belo Horizonte tocando com Wagner Tiso. Fez amigos, criou laços e montou a própria banda, que hoje reúne o contrabaixista Felipe Fantoni, o tecladista Luã Linhares, o guitarrista Mauro Dell'Isola e Lincoln Cheib, baterista de Milton Nascimento nas últimas décadas.


Murilo Antunes chega ao palco da Casa Outono entrelaçando o repertório com poemas. “Entro, declamo, conto uma história ou outra. Mas nada que atrapalhe o ritmo da apresentação. Até porque a voz ali é da Débora”, diz o letrista e poeta.


“As pessoas, às vezes, falam do Clube da Esquina no passado. Mas estamos vivos. A gente continua se encontrando e compondo, como fazíamos. Somos um grupo de amigos que gosta de fazer música e tem interesses em comum”, conclui Murilo Antunes.


“NADA SERÁ COMO ANTES”


Show de Débora Maré com participação de Murilo Antunes. Neste sábado (17/8), às 20h, na Casa Outono (Rua Outono, 571, Carmo). Ingressos: R$ 60 (preço único), à venda na plataforma Sympla.

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