Ele conta que já vinha escrevendo vários poemas desde a década de 1990 e agora resolveu reuni-los em um livro. “Na obra estão poemas variados, sendo que alguns foram feitos quando estavam acontecendo chacinas, como a do Carandiru, dos meninos da Candelária, dos índios ianomâmi e de Vigário Geral. Tudo isso aconteceu em sequência e acabou que fui escrevendo um poema para cada acontecimento. O livro é dividido em duas partes, sendo que a primeira se chama Balada de sangue, e a segunda, Viola rude. Aliás, são todos poemas.”
Antunes ressalta que sua intenção é que as pessoas levem para casa não apenas versos e canções na lembrança, mas encarnem o sentimento poético. A apresentação é do poeta Lucas Guimarães, que diz no texto: “Viola rude é quase um rasqueado na roça, um balaio de lembranças no balanço da memória. Poemas anteriores e atuais. O que os une à Balada de sangue é a indignação, a perplexidade. O resgate de versos pescados na bacia das almas. Poemas quase perdidos no emaranhado dos papéis de uma vida entrecortada de desilusões e alegrias”.
O autor adianta que o lançamento oficial do livro deverá ser no ano que vem. A Caravana Editorial ainda não marcou a data, mas antecipa que será numa das livrarias da cidade, porém, somente para autógrafos, sem show.
