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Estado de Minas ELIMINATÓRIAS

Seleção Brasileira volta ao Mineirão, onde tem aproveitamento de 74%

À exceção da tragédia histórica diante da Alemanha, Mineirão é palco de triunfos do Brasil, que recebe o Paraguai nesta terça-feira


31/01/2022 04:00 - atualizado 30/01/2022 23:32

ilustração mostra o Mineirão e gestos de comemoração
(foto: Quinho)
Depois de dois anos e sete meses, a Seleção Brasileira está de volta a Belo Horizonte para mais um jogo no Mineirão, desta vez contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar’2022. Ainda que os donos da casa já tenham a classificação garantida, a expectativa é de bela festa no Gigante da Pampulha, mesmo que o público esperado não seja o de outros duelos em BH.

Claro que não é mais possível ter os 91.140 presentes registrados no empate por 0 a 0 com a Iugoslávia, em 1977, recorde de público do Escrete Canarinho no maior estádio de Minas. Nem os 71.718 na vitória sobre a Argentina, em 1975, em outro confronto que não valia três pontos.

Mas, desde que a arena foi reformada para a Copa do Mundo de 2014, passando a comportar cerca de 61 mil lugares, sempre houve mais de 52 mil pessoas incentivando a Seleção. O recorde foi estabelecido em duas partidas do Mundial de 2014: 57.823 contra Chile e Alemanha, nas oitavas de final e semifinais, respectivamente.

Mais de 30 mil ingressos foram vendidos para o Brasil x Paraguai desta terça-feira (1º), às 21h30. E, no que depender de alguns moradores de Belo Horizonte, os comandados por Tite terão todo o apoio mais uma vez.

É o caso do funcionário público Maurício de Souza, de 43 anos, que vai com a mulher, Luciana, e dois filhos, Vitor, de 9, e Yan, de 6, ao Mineirão. A filha Malu, de 3, ficará em casa, mas só em função de o jogo terminar muito tarde para ela.

“Meus meninos gostam muito de futebol e vamos levá-los para ver a Seleção Brasileira pela primeira vez. Minha mulher também gosta muito, até mais que eu. E eles me motivaram a comprar os ingressos”, diz Souza.

Em tempos de pandemia, quem for terá de se preparar para um gasto extra: realizar exames de COVID-19, mesmo para quem já completou o esquema vacinal contra a doença. “Não é barato, só de ingressos foram R$ 540. Teremos de pagar os exames de COVID-19 também. E ainda tem a alimentação no estádio. Mas vale a pena, é uma boa chance de ver o Brasil, que joga pouco em BH”, afirma o torcedor.

Nem mesmo a ausência de Neymar, se recuperando de contusão no tornozelo esquerdo, tira o entusiasmo da família. Afinal, há outros grandes jogadores de destaque na equipe que está na capital mineira, como o goleiro Alisson, o zagueiro Thiago Silva, o volante Casemiro e o atacante Vinícius Júnior.

Já sobre as chances da Seleção no Mundial – que começa em novembro, no Catar –, Souza não mostra a mesma animação. “Ainda não estamos no clima de Copa. O Brasil pode surpreender, mas acho que ainda está atrás das grandes seleções da Europa. Vamos ver.”

Esperançosos mesmo eles estão com o Cruzeiro, que agora tem como “manda-chuva” um atacante que fez história na Seleção: Ronaldo. Em jogo com a Amarelinha, em 2004, ele marcou três vezes contra a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

Maurício de Souza com a mulher, Luciana Alice de Faria, e os filhos Yan, Vitor e Malu, todos vestidos com a camisa da Seleção Brasileira
Maurício de Souza está animado para ir ao estádio com a mulher, Luciana Alice de Faria, e os filhos Yan e Vitor. Malu, a caçulinha, desta vez não acompanhará a família ao campo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O retrospecto dá motivos para os torcedores manterem o otimismo. No Mineirão, em 27 jogos desde 1965, foram 18 vitórias, seis empates e apenas três derrotas – 74% de aproveitamento. Isso inclui desde partidas pela Copa do Mundo até aquelas que não entram em muitas estatísticas, como as em que o Brasil foi representado por jogadores do Palmeiras, em 1965, ou do Atlético, em 1968. O Galo também figura nesse histórico por ter vencido a Seleção por 1 a 0 em amistoso em 1969.

Entram na conta ainda duelos da Seleção Olímpica. Num mesmo dia de 1972, por exemplo, o grupo principal enfrentou o Hamburgo, da Alemanha (venceu por 2 a 0), e a Seleção olímpica jogou contra o Galo, então campeão brasileiro – a partida terminou 0 a 0.

Mas foi no Gigante da Pampulha que a equipe brasileria sofreu seu maior vexame. Em 8 de julho de 2014, tomou 7 a 1 da Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo, deixando a nação inteira e também o mundo do futebol atônito.

Agora, diante de um adversário que vem fazendo uma das piores campanhas nas Eliminatórias, não há nenhum temor. Mas é importante que os jogadores entrem ligados e propiciem um bom espetáculo, especialmente depois da atuação ruim no 1 a 1 diante do Equador, na rodada passada, em Quito.


Contra a COVID-19, testes e vacinação


O jogo entre Brasil e Paraguai gerou muitos questionamentos depois que a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) anunciou limite de 20 mil torcedores nos estádios nas duas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro para ajudar a conter avanço de nova onda de COVID-19. Para o jogos pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar’2022 não vale a regra, ainda que a pandemia esteja a todo vapor em Minas Gerais.

“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclarece que as definições das regras para a realização de jogos de futebol da Conmebol devem ser discutidas entre a organizadora do evento esportivo e o município sede dos jogos. No que tange às regras para o Campeonato Mineiro, na quarta-feira, 19/1, em reunião com representantes da Federação Mineira de Futebol (FMF) na Cidade Administrativa, ficou acordado que a presença de público nos estádios nas duas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro de Futebol está limitada ao máximo de 20 mil pessoas”, limitou-se a responder a pasta, quando questionada pelo Estado de Minas.

Em Belo Horizonte, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, estabeleceu que a partir de amanhã, para a entrada em todos os eventos realizados na capital será exigido, além do comprovante de vacinação, o resultado negativo para a COVID-19.

“Os testes antígeno ou RT-PCR devem ser realizados até 72h antes. A medida é para diminuir a transmissibilidade do vírus. É importante lembrar que essa é uma medida transitória, considerando o atual cenário epidemiológico. As demais regras de cada um dos protocolos estão mantidas”, afirmou, em nota, o Executivo municipal,

Uma diferença entre o exigido pela CBF, organizadora da partida, e as autoridades locais é que a entidade exige que o teste antígeno (chamado também de teste rápido) tenha sido realizado em no máximo 24 horas em relação ao horário do evento. Também será permitido a menores de 12 anos entrar no Mineirão – o que é proibido nas duas primeiras rodadas do Estadual.



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