Caso os sintomas persistam, é importante procurar um médico oftalmologista

Caso os sintomas persistam, é importante procurar um médico oftalmologista

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A chegada da primavera traz não apenas flores e temperaturas amenas, mas também uma preocupação recorrente para a saúde ocular: a conjuntivite primaveril. Também conhecida como conjuntivite alérgica sazonal, é uma inflamação da conjuntiva, a membrana que reveste o globo ocular e as pálpebras. A condição é desencadeada principalmente durante essa estação devido à maior quantidade de pólen no ar, conforme explica o médico oftalmologista Tiago César Pereira Ferreira. "Acontece muito nessa época do ano. As partículas suspensas no ar através da polinização são agentes que levam muito às alergias, tanto rinites e alergias respiratórias, como também as alergias oculares, alergias oftalmológicas".

Entre os principais sintomas estão vermelhidão, coceira, lacrimejamento e sensação de corpo estranho nos olhos. "Criança que começa a coçar os olhos, ou mesmo que está com o olho vermelho, mesmo que não doa ou não coce, ou aquele olho que tem uma dor lá no fundo, não coça, não está vermelho, mas está com essa sensação de dor. Alguns pacientes costumam descrever dessa forma também. Tudo isso pode indicar a presença de uma conjuntivite".

A maior concentração aérea de agentes com potencial alergênico, como é o caso do pólen, é agravada pelo tempo seco, que contribui para que partículas diversas, como poeira e poluentes, por exemplo, permaneçam em suspensão na atmosfera e entrem em contato mais facilmente com os olhos e as vias aéreas.

Assim, procurar controlar a umidade do ambiente é uma das medidas de prevenção, conforme explica Tiago César. "É bom evitar ambientes muito ressecados. Se puder, deixe o espaço mais umedecido, usando vaporizadores, evitando o fluxo central dos ares condicionados". Outra medida preventiva, segundo o oftalmologista, é evitar levar as mãos aos olhos. "Coçar os olhos é o principal fator de risco para doenças oculares, inclusive conjuntivites bacterianas e virais, e pode piorar a inflamação. Nunca devemos levar as mãos aos olhos", ensina.

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Aos primeiros sinais, algumas medidas podem ser tomadas em casa para aliviar os sintomas, indica Tiago César. "Se estiver com o olho irritado, vermelho, coçando, faça uma compressa fria em casa mesmo, de maneira simples".

Caso os sintomas persistam, é importante procurar um médico oftalmologista. "O tratamento inclui o uso de colírios antialérgicos e, em casos mais graves, corticosteroides tópicos. A automedicação não é recomendada. Só a avaliação médica individual possibilita que o melhor tratamento seja recomendado. Usar colírios por conta própria, além de não resolver, pode acabar piorando o problema ou criando outros", recomenda Tiago César.