Vacina dengue: só é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade às substâncias contidas na formulação, mulheres grávidas ou em período de amamentação e para indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida
Mohamed Nuzrath/Pixabay
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de publicar um documento científico recomendando a vacina QDENGA contra a dengue como escolha preferencial para imunizar crianças e adolescentes. Recém-aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina produzida pelo laboratório japonês Takeda é destinada a indivíduos de quatro a 60 anos de idade.
Conforme explica a publicação da SBP, a imunização é formulada com vírus vivo atenuado para a prevenção da dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos existentes (1, 2, 3 e 4) e pode ser administrada independentemente de exposição anterior do paciente à dengue e sem necessidade de teste pré-vacinação.
O texto ressalta ainda que a aprovação da vacina QDENGA foi baseada em diversos estudos clínicos de fases 1, 2 e 3, envolvendo mais de 28 mil crianças e adultos em 13 países.
Contraindicações
A imunização somente é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade às substâncias contidas na formulação, a mulheres grávidas ou em período de amamentação e para indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida – incluindo aqueles em uso de corticoides ou outros medicamentos em doses imunodepressoras.
A vacinação também deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda. Já a presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da imunização.
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Vacina Dengvaxia (Sanofi): recomendada apenas aos que já tiveram infecção prévia confirmada pelo vírus da dengue (soropositivos), administrada num esquema de três doses para indivíduos de seis até no máximo 45 anos.
Vacina QDENGA (Takeda): recomendada no esquema de duas doses, para indivíduos de quatro até 60 anos de idade, independentemente de infecção prévia (soropositivos e soronegativos).
A SBP sinaliza também que, em função da escassez de dados sobre segurança e imunogenicidade, no momento, "não é recomendado realizar intercâmbio de doses entre as diferentes vacinas", finaliza o documento.
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