Atletas de alta performance - ou até mesmo os de finais de semana - em algum momento se deparam com lesões

Atletas de alta performance - ou até mesmo os de finais de semana - em algum momento se deparam com lesões

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Atletas de alta performance - ou até mesmo os de finais de semana - em algum momento se deparam com um vocabulário em que tudo parece a mesma coisa, mas não é. Lesão, contusão, estiramento, laceração, dor muscular tardia... o que é cada uma? O ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, Marcos Cortelazo, explica:

Lesão muscular: segundo  Marcos, uma lesão que afeta o músculo basicamente ocorre quando há a ruptura ou dano às fibras musculares que o compõem. "Ela pode ser causada por diferentes fatores como: esforço excessivo, traumas, fadiga, alongamento excessivo, falta de aquecimento e até por desidratação", diz o médico.

Contusão muscular: essa é basicamente uma lesão causada por impacto direto ou indireto sobre o músculo. "Muitas vezes resulta na formação de um hematoma ou equimose devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Uma vez lesionados, esses vasos começam a vazar sangue para o tecido. Os principais sintomas são: dor local, edema ou inchaço, alterações da coloração da pele local como vermelhidão e arroxeamento, e limitação de movimentos", diz Marcos. O especialista explica que o tratamento é realizado através de repouso, aplicação de compressas de gelo no local nas primeiras 24 a 48 horas para redução do inchaço e aliviar a dor, e podem ser aplicadas pomadas anti-inflamatórias e pomadas para diminuição do hematoma, além do uso de analgésicos e anti-inflamatórios por via oral.

Dor muscular tardia: também conhecida como dor muscular de início tardio ou dor muscular pós-exercício é uma dor ou desconforto que ocorre algumas horas ou dias após a prática de alguma atividade esportiva ou de exercícios físicos intensos ou para os quais não se tem preparo físico adequado. "Os sintomas são dor localizada, cujo pico pode ocorrer entre 24 e 72 horas, e sensação de rigidez ou tensão muscular que pode afetar um ou mais grupos musculares", explica Marcos. "O tratamento se baseia no repouso da atividade física para dar tempo ao processo de recuperação natural dos músculos após o esforço e geralmente o desaparecimento ocorre espontaneamente em alguns dias. Algumas medidas, além do repouso, podem ser tomadas como: alongamentos leves, aplicação de calor local ou gelo, para a dor e ou inchaço respectivamente, analgésicos e hidratação. Importante o retorno gradual às atividades nestes casos", diz.

Laceração muscular: segundo Marcos, é uma lesão muscular mais grave do que a simples contusão e que ocorre por ruptura parcial ou completa das fibras musculares. "Os sintomas são: dor intensa e aguda, inchaço, hematoma, dificuldade de movimentos, podendo ocorrer aumento de volume local. Muitas vezes é ouvido um 'estalo' no local ou sensação de um tecido 'rasgando'. O tratamento depende da gravidade: repouso, compressas de gelo, compressão leve, elevação do membro, medicamentos, fisioterapia e até cirurgia dependo do músculo e/ou gravidade", aponta o médico.

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Estiramento: também conhecida como distensão muscular, essa é uma lesão comum que ocorre quando as fibras musculares são esticadas além de sua capacidade normal, por um movimento abrupto ou esforço excessivo. "Pode envolver movimentos inadequados ou falta de aquecimento. Os sintomas são os mesmos das lesões musculares os estiramentos e o tratamento também segue os mesmos passos anteriormente citados, exceto cirurgias que nestes casos não se aplicam", afirma o médico.

Gelo ou calor?


No caso de lesões, é comum ter a dúvida da compressa com gelo ou com calor. "O gelo é utilizado frequentemente nas primeiras 24 a 48 horas para a diminuição da dor e do edema. Após este período, em geral, introduzimos o calor para a fase de reparação e recuperação ou cicatrização da estrutura muscular lesionada", esclarece.