dois rostos sobrepostos com fundo bem colorido

O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é uma condição em que o indivíduo apresenta uma ruptura de sua identidade, podendo apresentar múltiplas personalidades

Gerd Altmann/Pixabay

 
Você sabe o que é TDI? O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é uma condição em que o indivíduo apresenta uma ruptura de sua identidade, podendo apresentar múltiplas personalidades, que ele mesmo não entende como uma continuidade da sua personalidade padrão.
 
André Felipe Martins, psiquiatra do Einstein, aponta os principais sintomas do transtorno: "Quando o indivíduo se mostra sob o domínio de outra personalidade, ele pode apresentar alterações de humor, de modo de agir, de percepção e até mesmo de fala. É frequente também que se queixe de amnésias lacunares, como se não se recordasse dos eventos quando estava sob o domínio de outra personalidade. Esta é uma condição que causa muito sofrimento ao indivíduo e prejudica muito sua funcionalidade".

Quem é diagnósticado com TDI pode apresentar ansiedade e depressão: "A maioria dos pacientes com TDI apresenta comorbidades psiquiátricas como depressão, ansiedade, transtorno do estresse pós-traumático e outros transtornos de personalidade, como transtorno da personalidade borderline. O risco de suicídio para pacientes com esta condição é elevado".
André Felipe Martins explica que "a condição é diagnosticada por meio de uma avaliação clínica com um médico psiquiatra, já que não existem exames de imagem ou laboratoriais que façam este diagnóstico".

Transtorno Dissociativo de Identidade: genético ou provocado?

Muitos questionam se o TDI é genético ou ele é provocado: "Como muitos transtornos psiquiátricos, acredita-se que exista uma predisposição genética associada a eventos traumáticos que possam gerar o aparecimento de sintomas dissociativos. Eventos traumáticos possíveis incluem: violência física e sexual, principalmente durante a infância e adolescência", destaca o psiquiatra.
Quanto a cura e o tratamento, André Felipe Martins afirma que o curso da doença é variável: "Alguns pacientes podem apresentar o TDI durante uma época de suas vidas e outros durante a vida inteira. O tratamento deve ser feito com psicoterapia. O uso de medicamentos psicotrópicos é frequentemente necessário".