Pézinhos sobrepostos de um bebê

Teste pode identificar até 53 infermidades

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A Campanha Junho Lilás visa conscientizar a população sobre a relevância da triagem neonatal, especialmente do Teste do Pezinho, realizado nos primeiros dias de vida do bebê. No dia 6 de junho, é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame capaz de identificar mais de 60 doenças a partir de algumas gotas de sangue coletadas do recém-nascido.

O procedimento, também conhecido como Triagem Biológica Neonatal, consiste em coletar gotas de sangue do calcanhar do bebê e aplicá-las em um papel filtro especial para análise laboratorial. É fundamental que a coleta ocorra entre o 3º e o 5º dia de vida, a fim de garantir diagnósticos mais precisos, já que algumas enfermidades requerem tempo para serem detectadas.



Realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Teste do Pezinho é rápido, quase indolor e gratuito nas Unidades Básicas de Saúde. Atualmente, o exame abrange seis doenças, mas com a nova Lei 14.154/21, passará a identificar até 53 enfermidades.

As principais doenças identificadas pelo teste, que podem ser graves ou mesmo fatais, incluem fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Além do exame oferecido pelo SUS, clínicas e laboratórios particulares realizam testes que analisam mais de 100 condições sanguíneas.

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No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios no diagnóstico de doenças neonatais. Em 2020, apenas 82% dos recém-nascidos fizeram o Teste do Pezinho, e destes, somente 58% o realizaram no período adequado, segundo dados do Ministério da Saúde.

Eduardo Noriyuki Yamada, pediatra e médico cooperado da Unimed Lins, enfatiza o papel dos profissionais de saúde na promoção do diagnóstico e tratamento precoces, bem como a responsabilidade da sociedade em divulgar a importância do Teste do Pezinho. A Campanha Junho Lilás contribui para essa conscientização, mas a divulgação deve ser contínua e abrangente, afirma o médico.

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