caixa do ozempic

Priscilla Mattar, diretora médica da Novo Nordisk, laboratório fabricante do ozempic, alerta para as contraindicações e os riscos da automedicação

MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
Usuários do medicamento Ozempic têm compartilhado suas experiências em grupos de Facebook, relatando casos de hospitalização e efeitos colaterais como dor abdominal intensa, náuseas e vômitos. A bancária Cassia Elizabete de Oliveira, 56 anos, é um exemplo de paciente que foi hospitalizada após o uso do remédio. Segundo ela, não quer mais ver o medicamento em sua vida.

Prescrito inicialmente para tratar diabetes tipo 2, o ozempic tem sido utilizado off-label no Brasil como tratamento para obesidade. A Anvisa já aprovou um medicamento similar, o Wegovy, para emagrecimento, mas o fármaco ainda não está disponível no mercado.

Além das experiências compartilhadas nas redes sociais, há relatos de casos de pancreatite, uma inflamação grave do pâncreas que requer atendimento médico imediato. A bula do ozempic alerta para essa condição, cujo sintoma é dor abdominal intensa e persistente. Fatores de risco incluem histórico familiar da doença, cálculos biliares, obesidade e diabetes tipo 2.
Maria Augusta Kara Zellas, professora da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná, explica que a substância pode causar sintomas gastrointestinais temporários, como náuseas, vômitos e diarreia, principalmente no início do tratamento ou durante mudanças de dosagem. A endocrinologista enfatiza a importância da adaptação do paciente ao medicamento e do acompanhamento médico.

Luciana Godoy, consultora de recursos humanos de 49 anos, é uma paciente que passou por um processo de adaptação com o ozempic. Seguindo orientação médica, ela ajustou a dosagem e, atualmente, prossegue com o tratamento sem complicações. Luciana destaca a relevância de contar com um profissional de saúde ao seu lado durante o tratamento.

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Priscilla Mattar, diretora médica da Novo Nordisk, laboratório fabricante do ozempic, alerta para as contraindicações e os riscos da automedicação, como reações alérgicas, intoxicações e interações medicamentosas indesejadas. Ela também ressalta que, apesar do uso off-label do medicamento para obesidade ser comum no Brasil, a empresa não endossa nem apoia essa prática.