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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Volta às aulas: como readaptar meu filho à rotina

Especialista orienta famílias para que o retorno à escola seja mais leve e não cause estresse nas crianças


03/08/2022 11:43 - atualizado 03/08/2022 12:37

Criança brincando na escola
Crianças precisam voltar à rotina de alimentar-se e dormir bem para retornar às aulas mais tranquilamente (foto: freeimages.com/Reprodução )

Para muitas famílias, o fim das férias e o retorno das crianças à escola pode ser um momento desafiador, já que algumas expressam, através do choro, da irritabilidade e de reclamações, o desejo de continuar em casa e não voltar às aulas. 

Isso é bastante comum e esperado, principalmente depois da rotina dos pequenos ter sido flexibilizada nas últimas semanas, com alterações de horários para dormir e acordar, o aumento do uso de eletrônicos e tempo nas telas e um desajuste na alimentação habitual.
 
 
Muitos pais conciliaram trabalho e compromissos com os filhos nesse período de descanso escolar, alguns contando com rede de apoio e cursos livres para entretê-los, e precisam retomar as atividades. "A volta às aulas pode impactar a rotina da criança, como esperado, porque ela faz o que é gostoso e divertido e não pensa no que é melhor para ela mesma", explica Aline De Rosa, especialista em desenvolvimento infantil integrativo. "Por isso que o choro, muitas vezes, é um indício de que ela quer o que lhe é mais confortável", completa Aline.
 
Aline De Rosa
Aline De Rosa explica que um sono de qualidade só é possível com rotina e, para que isso aconteça, é necessário que os adultos observem como está o ritual do sono do filho, se o ambiente é adequado e qual foi o seu ritmo durante o dia (foto: Arquivo pessoal)
 

Para conduzir os filhos nesse processo de maneira leve e respeitosa, a especialista traz três orientações que podem solucionar o problema dos pais e evitar o estresse. Confira:

Restabeleça o sono da criança

Rotina e sono são primordiais para a saúde em qualquer idade e o primeiro passo para sair das férias é reajustar esses dois aspectos das crianças. A recomendação da especialista é que os pais observem os sinais, que podem ocorrer de forma rápida, de que o filho está pronto para ir para a cama, como sua desaceleração, bocejos e olhar parado. "O ideal é a criança dormir e acordar com o sol, respeitando o seu ciclo circadiano", ensina. Dessa forma, também se previne o estado de exaustão, que é quando a criança não tem uma noite revitalizadora e acorda nervosa, de mal humor, irritada, sem energia, apática, reclamando ou brigando com os outros.
 

Um sono de qualidade só é possível com rotina e, para que isso aconteça, é necessário que os adultos observem como está o ritual do sono do filho, se o ambiente é adequado, qual foi o seu ritmo durante o dia e, para os pequenos, também ajustem os horários de soneca. Se o seu filho está acordando e dormindo tarde, é preciso readequar os horários, principalmente nas próximas semanas. "A criança precisa dormir e acordar mais cedo e isso tem que acontecer de forma gradual. Os pais podem começar fazendo ela dormir e a despertando vinte minutos mais cedo que o horário habitual, devagar e sucessivamente, estabelecendo uma nova rotina", orienta Aline De Rosa.

Atenção à alimentação

Outro fator importante nesse retorno à escola é a readequação da alimentação, controlando o consumo de doces, açúcares e produtos industrializados que afetam o paladar dos pequenos e fazem com que eles recusem a comida que lhes é oferecida. "Nesse retorno às aulas, eu indico que os pais ofertem variedade de legumes e verduras, evitando industrializados e fazendo um detox de açúcar", recomenda a especialista. Os doces podem ser ingeridos no fim de semana, por exemplo, conforme combinados pré-estabelecidos com a criança.

Limite o tempo de tela

As telas são observadas por muitas famílias como um momento de respiro, quando os cuidadores precisam fazer outra atividade ou estão cansados para entreter a criança. O uso excessivo de televisão e eletrônicos pode influenciar o comportamento do seu filho, principalmente pela quantidade de estímulos, o que também afeta a rotina escolar. Para Aline De Rosa é preciso limitar o acesso das crianças de acordo com a idade e ter regras bem definidas para essa utilização. "Você é o maior especialista do seu filho e sabe como o uso de telas o afeta e o que funciona dentro da sua casa. Defina horários, estabeleça combinados e o mais importante, cumpra os acordos", finaliza a especialista.


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