![Aliados do ex-presidente votaram contra o relatório e reclamaram de uma suposta 'parcialidade' da relatora(foto: Lula Marques/Agência Brasil) Senadora Eliziane Gama lê o relatório final da CPMI do Golpe.](https://i.em.com.br/U0CH0sPVkaWzZKhDdzFrX7FFGUE=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/10/18/1578567/senadora-eliziane-gama-le-o-relatorio-final-da-cpmi-do-golpe_1_46049.jpg)
Depois de mais de sete horas de discussão, que começou nesta manhã e se estendeu pela tarde, o colegiado aprovou por 20 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção, o documento que pede o indiciamento de mais de 60 pessoas, incluindo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), do tenente-coronel Mauro Cid, do general Augusto Heleno, do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, entre outros.
Leia: Bolsonaro vai à PF, fica em silêncio e entrega depoimento por escrito
O relatório apresenta uma linha do tempo que mostra, de acordo com as alegações da relatora, o roteiro golpista adotado pelos bolsonaristas e por interlocutores que motivaram a atuação dos manifestantes. Segundo o documento, a intenção era abolir o Estado Democrático de Direito e instalar uma ditadura no Brasil.
Além dos indiciamentos, o relatório pede o “aprofundamento das investigações” sobre mais de 100 pessoas entre financiadores e figuras como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
“Nos demos ao Brasil o registro histórico de um momento importantíssimo. O que vai ficar para história são os debates que foram promovidos aqui nessa CPMI e isso é a beleza do parlamento. A CPMI trouxe a verdade para praça pública, porque aqui não há sigilo. Aqui nessa CPMI vivenciamos a síntese do radicalismo que vivemos”, disse o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), no encerramento dos trabalhos do colegiado. “Temos que internalizar na nossa cabeça e no nosso coração que a democracia é maior que esse radicalismo”, completou o deputado.