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Estado de Minas CPMI

Torres diz que não havia indícios de violência para os atos de 8 de janeiro

Ex-ministro da Justiça afirmou que viajou 'extremamente tranquilo' antes dos ataques aos Três Poderes


08/08/2023 13:50 - atualizado 08/08/2023 13:58
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Anderson Torres
Torres ficou preso durante quatro meses, suspeito de omissão no 8 de janeiro (foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro (PL), Anderson Torres, afirmou, durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, nesta terça-feira (8/8), que não havia indícios de que os atos de 8 de janeiro seriam violentos e por isso teria viajado aos Estados Unidos “extremamente tranquilo”.

Na época dos ataques, Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, responsável pelas ações de segurança da praça dos Três Poderes. “Naquela sexta-feira (6/1), os acampamentos estavam praticamente desmontados, ele (General Dutra) precisava da secretaria de desenvolvimento social para tirar os vulneráveis antes de fazer o desmonte final do acampamento”, disse.

"Essa foi a imagem que eu viajei na cabeça, de pouquíssimas pessoas naquela nos acampamentos, eu jamais ia imaginar que aquilo ia acontecer, que aquilo ia virar de novo e se tornar o 8 de janeiro. Quando eu viajei não havia informação de inteligência”, emendou.

Torres chegou a ficar preso por cerca de quatro meses, suspeito de omissão durante os ataques. O ex-ministro também afirmou que não havia efetivo policial suficiente durante os atos, mas que deixou um plano assinado para que as instituições e órgãos competentes trabalhassem no dia 8. “Viajei extremamente tranquilo por esses dois fatores. Primeiro, as imagens do acampamento e, segundo, o PAI (Plano de Ações Integradas)”, pontuou.

O ex-ministro ainda afirmou que não teria recebido informações oficiais. “Até o dia 6 à noite, eu não tive qualquer informação oficial indicando que haveria ações radicais no dia 8. Mesmo assim, o PAI seria colocado em ação nos seus mínimos detalhes. Esta era a determinação", declarou Torres à CPMI. 

Já sobre o documento chamado de “minuta golpista”, encontrado em sua casa durante uma operação da Polícia Federal, Torres classificou como “aberração jurídica” e fantasioso. Ele ainda declarou que o texto é apenas um exemplo da "coleção de absurdos" que detentores de cargos públicos recebem constantemente.


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