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Estado de Minas 8 DE JANEIRO

CPMI: Torres diz que não recebeu nenhum informe sobre os atos golpistas

Torres afirmou à CPMI que se tivesse recebido qualquer alerta de risco não teria viajado para os Estados Unidos dois dias antes dos atos golpistas


08/08/2023 11:15 - atualizado 08/08/2023 11:31
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Anderson Torres falando ao microfone
Ex-ministro da Justiça depõe à CPMI nesta terça-feira (8/8) (foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados )
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse que não recebeu nenhum informe sobre a possibilidade de atos de vandalismo na sede dos Três Poderes, em Brasília. À Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, Torres afirmou, nesta terça-feira (8/8), que até a noite do dia 6 de janeiro, momento em que viajaria de férias para os Estados Unidos com a sua família, não recebeu nenhuma informação oficial. 

"Até o dia 6 à noite, eu não tive qualquer informação oficial indicando que haveria ações radicais no dia 8. Mesmo assim, o PAI [Protocolo de Ações Integradas] seria colocado em ação nos seus mínimos detalhes. Esta era a determinação", declarou Torres à CPMI. "Se tivessem seguido à risca o plano, os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro não teriam sido consumados", completou.

Ainda segundo Torres, a viagem para os Estados Unidos foi programada com antecedência e comunicada ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

"As passagens foram compradas no dia 21 de novembro. Se tivesse recebido qualquer alerta ou informe de inteligência indicando risco iminente de violência e vandalismo, eu não teria viajado", declarou.
"No dia 8 de janeiro, acompanhei à distância os tumultos em Brasília. Fiquei muito preocupado quando vi os atos de vandalismo sendo praticados e o protocolo não sendo cumprido. Cheguei a passar mensagem no WhatsApp para o Secretário em exercício, apelando para que impedisse que os manifestantes se aproximassem do Supremo, uma vez que o Planalto e o Congresso já estavam invadidos, mas ele não conseguiu impedir", declarou.
Questionado pela relatora sobre o celular que ele "deixou" nos Estados Unidos, o qual ele alega que perdeu, Torres afirmou que a perda do aparelho não impactou o curso das investigações. O ex-ministro ressaltou que entregou as senhas dos e-mails e dos arquivos na nuvem. 


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