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Estado de Minas BRIGAS POR CARGOS

PSD entra na disputa pela presidência da Funasa

Partido está em queda de braço com PP pelo comando do órgão, que passa por reestruturação. União Brasil também segue no páreo


28/07/2023 07:45 - atualizado 28/07/2023 07:46
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O PSD indicou ao governo o ex-vice-governador e presidente do partido no Ceará, Domingos Filho
O PSD indicou ao governo o ex-vice-governador e presidente do partido no Ceará, Domingos Filho (foto: (Reprodução/Instagram))

Poucas semanas após "renascer", a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se tornou alvo de disputa entre partidos do Centrão. Em meio a negociações de uma reforma ministerial, que inclui cargos em diversos órgãos públicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se submeteu a dois procedimentos médicos devido a fortes dores no quadril e, com isso, tem evitado reuniões, entre as quais as que tratam das indicações de nomes em autarquias, ministérios, bancos ou fundações públicas.

 

Mesmo com menos tempo para conversar com Lula nos últimos dias, os partidos do Centrão já falam em seus nomes preferidos para ocupar a Funasa e alimentam especulações. A um ano das eleições municipais, as legendas veem a fundação como um importante meio de liberação de recursos para favorecer seus quadros na corrida eleitoral.

 

Nos últimos dias, indicações familiares do Progressista (PP) e do PSD ganharam força. O partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vem buscando maior espaço no governo e sinalizou o nome de Virgínia Velloso, ex-superintendente da Funasa na Paraíba.

 

Virgínia é mãe do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e da senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB). A parlamentar integra a comissão provisória instalada para tratar da reestruturação do órgão por ser presidente da Comissão de Saneamento no Senado, uma das principais áreas de atuação da Funasa. Também estão no comitê o senador Hiran Gonçalves (PP-RR), ex-servidor; e o deputado federal Danilo Forte (União-CE), ex-presidente do órgão.

 

Por se tratar de uma indicação feminina, Virgínia pode obter vantagem em relação a outros concorrentes. Além disso, o governo quer alocar PP e Republicanos na sua administração. O próprio Executivo vem pedindo ao Centrão que indique mulheres para liderar suas vagas em ministérios e demais órgãos públicos, principalmente após a troca de Daniela Carneiro (União-RJ) por Celso Sabino (União-PA), na pasta do Turismo.

 

Já o PSD apresentou ao governo a indicação do ex-vice-governador e presidente do partido no Ceará, Domingos Filho, pai do deputado federal Domingos Neto (PSD-CE). A entrada da legenda de Gilberto Kassab e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), na disputa pela Funasa pode embaralhar o jogo para o Executivo alocar outras siglas do Centrão.  

 

Apoiadores

Com três ministérios — Minas e Energia, Agricultura e Pesca —, o PSD vem sendo um dos principais aliados da gestão Lula. No Senado, o presidente tem grandes apoiadores, como Omar Aziz (AM), Otto Alencar (BA) e o próprio Pacheco. Na Câmara, os pessedistas também foram os que menos provocaram problemas em relação a votos em propostas de interesse do governo.

 

No entanto, interlocutores do Congresso creem que a indicação é improvável de ser bem-sucedida. Um dos principais alvos de Lula na campanha, o orçamento secreto, foi criado por assinatura de Domingos Neto, enquanto relator-geral do Orçamento em 2020.

 

Integrante da comissão provisória de reestruturação da Funasa, o deputado federal Danilo Forte criticou a fome dos partidos para ocupar o órgão ainda em fase de reconstrução. O parlamentar do União Brasil, também um dos interessados em ocupar a presidência da fundação, afirmou que a política precisa ficar para um segundo momento. Segundo ele, no momento, tem "muito presidente para pouca Funasa".

 

"Estamos em um trabalho de reestruturação. Eu passei um mês discutindo com a Casa Civil, com o Ministério de Relações Institucionais, o Ministério da Saúde, o das Cidades e, em um mês de discussão, nunca falamos de cargo. Eu disse para montar uma equipe técnica para reestruturação", enfatizou Forte, em entrevista ao Jornal Alerta Geral, do Ceará.

 

"Já tem presidente demais para Funasa de menos. Se botar política lá agora, ficar cada qual querendo puxar para si, para sua base eleitoral ou para o seu partido político, a instituição vai nascer morta", complementou.

 

 

 


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