Em meio a uma grave crise econômica, com a inflação anual chegando ao patamar de 100%, essa é a quarta vez que Fernández se reúne com Lula em 2023. O argentino lembrou uma relação de amizade histórica entre os dois países, citando o reconhecimento da Argentina de que o Brasil é um país soberano e a crítica brasileira à invasão inglesa das Ilhas Malvinas.
“Sei que estou em uma terra amiga. O Brasil e a Argentina nasceram para estarem indissoluvelmente unidos, não existe nenhuma possibilidade de que aconteça outra coisa. Não falamos o mesmo idioma, mas temos culturas iguais e histórias que compartilhamos”, disse o presidente argentino.
Fernández também citou Vinícius de Morais para tratar Lula como um amigo pessoal: “Percebam quantos anos passaram e quantas coisas passamos juntos. Na Argentina um poeta que amamos costuma dizer que um amigo é nós mesmos, mas com outra cara. A frase é muito parecida com o que disse o nosso admirável Vinicius de Morais, que as pessoas não fazem amigos, simplesmente os reconhece”, ressaltou.
O argentino também não escondeu que procura o Brasil para angariar ajuda com os problemas internos. Devido à crise, Fernández já anunciou que não vai disputar a reeleição. “Quando um amigo está com problemas, o que faz? Pede ajuda aos amigos e eles sempre estão aí”, completou.