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Estado de Minas CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Bolsonaro causou rombo na Caixa ao tentar vencer Lula nas eleições de 2022

Ex-presidente Jair Bolsonaro adotou duas medidas provisórias de empréstimo que provocaram um rombo de bilhões à Caixa Econômica Federal


29/05/2023 10:48 - atualizado 29/05/2023 16:59
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Jair Bolsonaro. Ele é um homem branco de cabelos castanhos médio. Usa terno. Na imagem ele está com uma expressão facial de abalado
Medidas provisórias de Jair Bolsonaro provocaram rombo milionário na Caixa Econômica Federal (foto: Evaristo Sa/AFP)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a Caixa Econômica Federal para tentar derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e, com isso, provocou um calote bilionário no banco. Ao criar duas linhas de créditos - uma para a população negativada e outra para os beneficiários do Auxílio Brasil -, Jair Bolsonaro emprestou bilhões à população, mas não garantiu que o dinheiro retornasse ao banco.

Conforme reportagem do UOL, os empréstimos foram criados por meio de medidas provisórias, com aval do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães. 

 
Conforme informado pela atual presidente do banco, Rita Serrano, a inadimplência do programa chegou a 80% neste ano. Isto é: a cada R$ 1 mil emprestados, R$ 800 não foram pagos.

O programa liberava de R$ 300 a R$ 1 mil para quem tinha dívidas de até R$ 3 mil. A medida permitia que qualquer banco pudesse participar do programa, mas apenas a Caixa Econômica Federal se envolveu. 
 
 
Segundo o levantamento, na época do lançamento, em um único dia 50 mil contratos foram assinados. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego - que acompanha o desempenho da linha de crédito - apenas no primeiro mês, a Caixa emprestou R$ 1,3 bilhão à população. Cinco de cada seis pessoas que pegaram o crédito eram negativadas.

Conforme a reportagem, parte do rombo deve ser coberto com verbas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Estima-se que seja utilizado R$ 1,8 bilhão do FGTS para cobrir o rombo, além de outros R$ 600 milhões a serem complementados pela Caixa.

Ainda segundo o UOL, os empréstimos chegaram ao fim com as denúncias de assédio sexual e moral do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Após a revelação das acusações, técnicos da Caixa suspenderam os empréstimos para negativados.

Auxílio Brasil


A outra medida provisória liberava empréstimos consignados ao Auxílio Brasil. Entre o primeiro e o segundo turno das eleições foram liberados R$ 7,6 bilhões para os beneficiários. 280 mil contratos em um só dia foram registrados em único dia.

Com o "pente fino" nos devedores, mais de 100 mil pessoas irregulares foram excluídas do Bolsa Família este ano e o pagamento das parcelas do crédito agora é incerto.

Assim como empréstimo a negativados, todos os bancos estavam autorizados a participar do consignado do Auxílio Brasil, mas, conforme o levantamento, a Caixa concentrou 80% dos créditos do programa. Em média, o banco emprestou R$ 447 milhões por dia útil. O pico foi em 20 de outubro: R$ 731 milhões. 

Conforme a reportagem, as medidas de Jair Bolsonaro custaram a queima de reservas do banco. No último trimestre de 2022, o índice de liquidez de curto prazo chegou a R$ 162 bilhões, R$ 70 bilhões a menos do que no ano anterior. Foi o menor nível do índice já registrado pela Caixa Econômica Federal, um indicador de risco.

A liquidez referente é a quantidade de dinheiro mínima que o Banco Central obriga as instituições bancárias a terem sempre disponível, para evitar uma quebra.

Procurados pela reportagem, o ex-presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, e o advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, não responderam.




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