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Estado de Minas OPERAÇÃO DA PF

Cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha foram adulterados, diz PF

Suspeita é que os cartões tenham sido alterados para garantir a entrada de Jair Bolsonaro, familiares e assessores nos Estados Unidos


03/05/2023 09:40 - atualizado 03/05/2023 11:19

Jair Bolsonaro e Laura
Ex-presidente já havia declarado que não iria vacinar a sua filha Laura (foto: Reprodução/Redes Sociais)
A Polícia Federal (PF) apura se os dados de cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, foram alterados.

Investigações da corporação indicam que os dados falsos foram incluídos nos sistemas do Ministério da Saúde, com o auxílio de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, conforme informado pela PF a GloboNews. Cid - que foi preso pela PF - também alterou os dados do seu próprio cartão, o de sua esposa e sua filha. 

Durante a pandemia da COVID-19, Bolsonaro se posicionou diversas vezes contra a vacinação e até mesmo questionou a eficácia da vacina. Além disso, o ex-presidente decretou 100 anos de sigilo no seu cartão de vacina. A suspeita é que ele tenha falsificado com o objetivo de garantir sua entrada nos Estados Unidos, além de familiares e assessores.  
 
Em dezembro de 2021, Bolsonaro disse que a filha Laura não seria vacinada contra COVID-19.

Na manhã desta quarta-feira (4/5), a PF apreendeu o celular do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é alvo de um mandado de busca de apreensão

A Operação Venire investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 no sistema do Ministério da Saúde. A mesma operação também prendeu os seguranças e assessores especiais, Max Guilherme e Sergio Cordeiro.

A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. 

De acordo com a PF, a inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. Com a falsificação dos dados, os beneficiados conseguiram emitir certificados de vacinação e burlar restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos.
A PF acredita que o objetivo do grupo seria "seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a COVID-19".

O nome da operação

nome da operação deriva do princípio "Venire contra factum proprium", que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa. 


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