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Estado de Minas SUCESSÃO

Aliados do PL vão recorrer de punição imposta por Moraes

Presidentes do Progressistas e do Republicanos dizem que não foram consultados sobre a ação no TSE


25/11/2022 04:00 - atualizado 25/11/2022 07:26

Cláudio Cajado, presidente em exercício do Progressistas
''Não fomos consultados, não demos procuração. Entendemos que o processo eleitoral acabou'' - Cláudio Cajado, presidente em exercício do Progressistas (foto: AGÊNCIA CÂMARA)

Os partidos Progressistas e Republicanos, legendas que fazem parte da aliança que apoiou a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro, não querem fazer parte da ação do Partido Liberal que contesta a validade do resultado de mais da metade das urnas eletrônicas no segundo turno.

Os presidentes das duas legendas decidiram por essa posição depois que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, multou o PL em R$ 22,9 milhões. O presidente em exercício do Progressistas, deputado Claudio Cajado (BA), afirmou ontem que seu partido não faz parte da ação contra as urnas eletrônicas. “Não fomos consultados, não demos procuração. Entendemos que o processo eleitoral acabou”, disse Cajado.

Já o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, afirmou que deve recorrer ao TSE para não ter os recursos do partido bloqueados. "Não tenho nada a ver com isso. (A legenda) só está ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse, teria dito que não. Nós não comungamos dessa opinião", disse.

Alexandre de Moraes multou o PL em R$ 22 milhões ao negar o pedido feito pelo partido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições. O pedido foi apresentado na terça-feira pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto. Moraes considerou que a ação do partido não apresenta qualquer indício ou prova de fraude que justifique a reavaliação de parte dos votos registrados pelas urnas. O ministro considerou que houve litigância de má-fé – quando a Justiça é acionada de forma irresponsável.

Na sua decisão, proferida na noite de quarta-feira, Moraes determinou ainda o bloqueio e a suspensão dos repasses do fundo partidário ao PL e às legendas coligadas até que a multa seja quitada; a abertura de um processo administrativo pela Corregedoria-Geral Eleitoral para apurar "eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive de Fundo Partidário"; e o envio de cópias do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre a atuação de uma suposta milícia digital para atacar a democracia e as instituições.

Com a reação de Republicanos e Progressistas, o PL do presidente Jair Bolsonaro fica isolado e pode acabar tendo de pagar a multa sozinho. Políticos aliados a Valdemar da Costa Neto tentaram nos últimos dias convencê-lo a abandonar a ideia de questionar a validade das urnas e o resultado da eleição, mas não tiveram sucesso. Esses mesmos aliados acham, no entanto, que a multa imposta por Moraes pode inflamar ainda mais os bolsonaristas, levando-os a mais ações contra o resultado da eleição e ataques ao TSE.







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