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Estado de Minas RAJA GABAGLIA

Atos bolsonaristas: PM e Guarda Municipal discordam sobre liberação de via

Agentes de segurança pública se desentenderam se trânsito na Avenida Raja Gabaglia deveria ser liberado


04/11/2022 18:37 - atualizado 04/11/2022 19:01

Manifestações de bolsonaristas na Avenida Raja Gabaglia
Em vídeo a que o Estado de Minas teve acesso é possível ver os agentes de segurança de BH retirando um cone que impedia o tráfego de carros na via (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a Guarda Municipal de Belo Horizonte entraram em desentendimento em relação à liberação da avenida Raja Gabaglia, na Região Centro-Sul da capital, na altura da Companhia de Comando da 4ª Região Militar do Exército, durante manifestações de bolsonaristas na noite dessa quinta-feira (3/11). Em vídeo que o Estado de Minas teve acesso, é possível ver os agentes de segurança de BH retirando um cone que impedia o tráfego de carros na via. E, logo em seguida, a rua volta a ser interditada por um militar. 

Nas gravações é possível ver o agente da Guarda Municipal conversando com os manifestantes para que o trânsito na avenida fosse desimpedido. Após a negociação, as pessoas, que concordaram com o oficial, comemoram a liberação e passam a ficar no acostamento enquanto carros passam tranquilamente pelo local. 

Em um segundo vídeo, policiais militares voltam a fechar a avenida. Uma mulher se aproxima de uma terceira pessoa e a questiona sobre o trânsito local. Em resposta, um homem - que não é possível de ser identificado - afirma que não sabe o motivo de a PM ter fechado a via novamente. A pessoa ainda reforça que a via é pública e a fluidez do trânsito tem que ser mantida. 

Outro registro mostra, ainda, um militar e um agente da PBH discutindo. Um deles pede que o outro “espere o retorno”, o que é ignorado. O guarda municipal então vira para seu colega e afirma que estão indo embora. 
Procurada, a Polícia Militar, por meio do coronel Flávio Santiago, afirmou que o bloqueio da rua acontece quando há grande número de manifestantes, para preservar a vida das pessoas e evitar atropelamentos. Em relação ao episódio da noite de ontem, o oficial explicou que não houve desentendimento e que a ocorrência foi apenas um desencontro de informações “em um ambiente operacional”. 

“A Polícia Militar faz a gestão de movimentos sociais, como as manifestações. Nosso maior desafio é que nós tenhamos a manutenção do direito de ir e vir e manter o direito à livre manifestação. O que nós temos feito ali na Raja Gabaglia é a permanência de uma pista liberada. Mas quando as pessoas começam a invadir mais a pista, nós interditamos temporariamente o trânsito, e conversamos com os manifestantes”, disse Santiago. 

Já a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção afirmou, por meio de nota, que foi acionada para restabelecer o fluxo de veículos na avenida “de forma a assegurar o direito constitucional de ‘ir e vir’, bem como restabelecer importante acesso ao Hospital Madre Tereza”. A pasta afirmou que, depois de os guardas dialogarem com os manifestantes, que entenderam a importância da liberação, o trânsito foi restabelecido. 

“Após a liberação da via, agentes da Polícia Militar voltaram a interromper o trânsito no local e assumiram a responsabilidade da operação. Houve uma tentativa, em vão, de convencimento para a liberação do trânsito. A equipe da Guarda Municipal então deixou o local, que continuou sob a tutela da Polícia Militar”, escreveu a PBH. 


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