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Estado de Minas BLOCO NA RUA

Reta final em MG: Kalil na Grande BH, Zema em Araxá e Viana com Bolsonaro

Candidatos ao governo de Minas Gerais recorrem a trunfos de suas campanhas nas últimas agendas antes da ida às urnas


01/10/2022 06:00

Montagem põe, lado a lado, Romeu Zema, Alexandre Kalil e Carlos Viana
Zema (esq.), Kalil (centro) e Viana (dir.) usam a reta final de campanha para reforçar os trunfos de suas chapas (foto: Globo/Fernando Rabelo)
Nos momentos finais da caça aos votos, os três primeiros colocados nas pesquisas a respeito da disputa pelo governo de Minas Gerais resolveram reforçar trunfos que sustentam suas candidaturas. Ontem, Romeu Zema (Novo), que tenta a reeleição, fez caminhadas por cidades do Alto Paranaíba e do Triângulo, onde fica Araxá, reduto de sua família.

Hoje, Alexandre Kalil (PSD), deposita fichas em uma carreata em Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, município que governou por cinco anos. Além da proximidade geográfica a BH, Contagem é governada por Marília Campos, do PT, mesmo partido do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, o principal cabo eleitoral de Kalil. Paralelamente, o senador Carlos Viana, concorrente do PL, participou, ontem, de motociata com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Poços de Caldas, no Sul mineiro.

Ontem, enquanto Zema andou, ao lado de correligionários, por Araguari, no Triângulo, Monte Carmelo, Santa Juliana, Pedrinópolis e Perdizes, todas no Alto Paranaíba, Kalil se reuniu com aliados em BH. O discurso do candidato do PSD, de confiança na ida ao segundo turno, foi reforçado pelo presidente da Assembleia de Minas, Agostinho Patrus (PSD), coordenador da campanha do ex-prefeito, e pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que coordena as atividades de Lula no estado.

Os indecisos são uma das apostas da principal chapa de oposição. Segundo Kalil, há uma "onda" que, a reboque do crescimento das intenções do presidenciável petista em solo mineiro, pode levá-lo a um confronto direto contra Zema.

"Está tendo uma onda. Essa onda está vindo do interior. Temos, aqui, uma consolidação dos votos na Região Metropolitana. Estive na Zona da Mata ontem (quinta-feira) e voltei muito empolgado. Tive (boas) notícias do Norte e do Sul. Trinta e seis não resolveram seu voto e vão resolver lá domingo", disse o candidato.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada anteontem e protocolada na Justiça Eleitoral sob o número MG-09084/2022, o pessedista tem 30% dos votos, ante 50% de Zema.

Além da incursão por cidades que circundam Araxá, ontem, o governador usou as redes sociais para endossar um dos motes de sua campanha: as críticas ao antecessor Fernando Pimentel (PT). Ao informar a publicação do edital para a retomada das obras do Hospital Regional de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, Zema falou que a casa de saúde foi "abandonada" pela gestão passada. Para construir a crítica, ele voltou a recorrer à expressão "PT-Pimentel".

"Para consertar dá trabalho e leva tempo. Mas a bagunça do passado vai ficando pra trás", escreveu.

E, se Zema centrou as críticas em Pimentel, Kalil voltou a questionar pontos da atual administração. "Vamos começar o trabalho já segunda-feira para, no segundo turno, a gente já tenha esse rumo de falar verdade, de mostrar. E o mais importante: vai ser muito difícil para eles mais um mês não tendo nada para mostrar para o povo de Minas Gerais", assegurou.

Os domínios de Zema e Kalil nos entornos de Araxá e BH, respectivamente, são ilustrados pelos percentuais de votos que receberam nas eleições passadas. Em 2018, o governador conseguiu 95,6% dos votos válidos no 2° turno em sua cidade natal. O pessedista, por sua vez, foi reeleito prefeito em 2020 já na primeira votação, com 63,36%.

Marcus Pestana (PSDB) também resolveu concentrar as agendas finais em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele é natural do município e, hoje, vai dar expediente no calçadão da Rua Halfeld, no Centro, para conversar com eleitores.

Viana e Bolsonaro

A última viagem de Viana ao interior no primeiro turno foi para Poços de Caldas, ontem, com Bolsonaro. Na semana passada, Viana e o presidente estiveram juntos em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro. Antes, mas ainda durante o período eleitoral, a dupla cumpriu compromissos em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Betim, na Grande BH. Ao EM, o senador reconheceu as dificuldades enfrentadas por ter sido confirmado no páreo já em agosto, meses depois de Zema e Kalil, e só após auxiliares de Bolsonaro não conseguirem um acordo com o Novo pelo apoio do governador à reeleição do presidente.

"A caminhada, apesar de ter começado com grande atraso, está sendo muito bem-sucedida. A expectativa é de que o eleitor compreenda e escolha o melhor nome para governar Minas Gerais. Tenho confiança de que estarei no segundo turno para iniciarmos uma nova rodada de debates sobre o futuro de Minas", projetou.

Em que pese os problemas enfrentados, como o fato de parte do PL ter escolhido caminhar com Zema, Viana festejou o apoio dado por Bolsonaro. "A presença do presidente Bolsonaro em Minas fortalece a minha imagem como senador, como candidato e, principalmente, mostra a importância do estado no cenário eleitoral". Hoje, Viana fará caminhadas em Contagem e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana.

Reginaldo prevê crescimento de Kalil

Ontem, durante o encontro com Kalil, Reginaldo Lopes discorreu sobre as possibilidades de o aliado ir ao segundo turno em Minas. O deputado projetou o crescimento diário, "em seis ou sete pontos", das intenções de voto do ex-prefeito da capital mineira.

"Nesses próximos dias, vai haver um alinhamento entre a escolha dos candidatos estaduais ao candidato nacional. Nesse sentido, dá para a gente dizer que Kalil vai crescer seis ou sete pontos por dia e vamos ter, aqui, um segundo turno", pontuou.

Segundo Reginaldo, a eleição deste ano foi nacionalizada, o que gerou preocupação excessiva com a disputa pela presidência da República. De acordo com o deputado, a tendência é que parte dos eleitores que, a esta altura, pretendem "casar" o voto entre Lula e Zema, mudem de ideia e passem a optar por Kalil em Minas.

"Quando você vai olhar para as candidaturas ao governo, as pesquisas apontam fragilidade. O voto espontâneo (quando o eleitor opina livremente sobre a disputa) está muito desvinculado do voto estimulado (quando o eleitor opina a partir de uma lista predefinida de candidatos). Isso quer dizer que o voto do governador Zema é muito frágil. O eleitor ainda não olhou, ainda, para o time. O eleitor não vai cruzar a votação, mas votar no time que acredita que vai reconstruir o Brasil", completou.

O otimismo também deu o tom das falas de Agostinho Patrus. "Passado o momento do domingo, temos que estar mobilizados já a partir da segunda-feira para no prazo de pouco mais de vinte dias mantermos nossa atuação para uma grande vitória em 30 de outubro". 


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