
A indicação só será formalizada quando o nome de Agostinho for levado oficialmente aos 77 deputados, em plenário. O sucesso da empreitada é visto como iminente, porque 70 parlamentares apoiaram formalmente a candidatura do presidente da Assembleia. Antes, porém, ele será sabatinado por uma Comissão Especial formada para analisar sua indicação.
Segundo o presidente do comitê, Cássio Soares (PSD), a tendência é que até mesmo a arguição a Agostinho fique para depois do recesso.
"Não vamos fazer nada de forma atabalhoada. Vamos fazer tudo com muita tranquilidade, calma e responsabilidade para cumprir bem nosso papel", disse, nesta quarta-feira (13/7), ao Estado de Minas.
Cássio e Hely Tarqüínio (PV), o vice-presidente da Comissão Especial, são aliados de Agostinho. Na semana passada, contudo, o presidente do Parlamento ressaltou que a dupla tem autonomia para marcar as datas das fases do processo que deve levá-lo ao TCE.
"Cássio e Hely possuem destacada atuação no Parlamento mineiro e, certamente, conduzirão os trabalhos com isenção e transparência", garantiu.
O Tribunal de Contas de Minas é responsável por fiscalizar as contas públicas do governo do estado e dos 853 municípios. Os conselheiros da entidade recebem R$ 35.462,22 ao mês.
Presidente abriu mão de ser vice na chapa de Kalil
Antes de pleitear assento no TCE, Agostinho Patrus estava apalavrado com Alexandre Kalil (PSD) para ser o vice-candidato do ex-prefeito de Belo Horizonte ao governo de Minas. Em prol de disputar o cargo, ele chegou, inclusive, a trocar o PV pelo PSD.Em maio deste ano, contudo, o deputado estadual abriu mão da vaga de vice para viabilizar aliança com o PT, que reivindicava espaço na chapa. Agostinho, então, repassou o posto ao petista André Quintão, seu colega na Assembleia Legislativa.
Se for mesmo para o TCE, Agostinho substituirá o ex-conselheiro Sebastião Helvecio, aposentado desde o fim de 2021.
Independentemente da data da eleição para a corte de contas, Agostinho seguirá como presidente da Assembleia pelo menos até novembro. Depois, deve haver eleição para definir o responsável por um mandato-tampão até fevereiro, quando esta legislatura termina.
