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Estado de Minas GUERRA NA EUROPA

Bolsonaro diz que Petrobrás deve reduzir lucros diante da guerra na Europa

Presidente reafirma que não pretende interferir na política da estatal, mas que é preciso segurar preço dos combustíveis


04/03/2022 04:00 - atualizado 04/03/2022 10:28

Bolsonaro em sua live semanal ao lado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina
Durante sua transmissão semanal pelas redes sociais, Bolsonaro disse que não interferirá na Petrobras (foto: FACEBOOK/REPRODUÇÃO)

 
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu que a Petrobras poderá reduzir os seus lucros para equilibrar o preço dos combustíveis. A declaração foi feita durante sua transmissão semanal de quinta-feira pelas redes sociais. A decisão, segundo ele, estaria atrelada à alta do petróleo causada pela guerra na Ucrânia, país invadido pela Rússia há uma semana. “A guerra não vai produzir efeitos benéficos para nenhum dos dois países, nem para o mundo. As consequências estão aí, o preço do petróleo disparou”, disse ele.
 
Apesar da sugestão, o presidente reiterou em vários momentos da transmissão que não vai interferir na política de preços da estatal. “Eu acho que esse lucro aí, dependendo da decisão dos diretores, do conselho, do presidente, pode ser rebaixado um pouquinho para gente não sofrer muito aqui”, declarou. Em seguida, Bolsonaro disse que a economia “já sofreu um baque grande” antes e outra “apagada” agora com o conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia.
 
O presidente disse também que “por sorte” e pelo trabalho da equipe econômica do Brasil, o dólar fechou o dia a R$ 5,03. “A gente espera que amanhã, sexta-feira, caia abaixo de R$ 5 o preço do dólar, que ajuda a equilibrar no preço do combustível”, afirmou.

Na última quarta-feira, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou à agência Reuters que a estatal ainda não tinha tomado uma decisão sobre os reajustes dos preços dos combustíveis.
Em sua transmissão, Bolsonaro declarou também que o Brasil continua em posição de “equilíbrio” em relação à invasão da Rússia na Ucrânia, iniciada há uma semana. “Temos negócios com os dois países, não temos a capacidade de resolver esse assunto, então o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal”, disse. Em seguida, Bolsonaro afirmou que a guerra não irá produzir efeitos benéficos para nenhum dos dois países, nem para o mundo.


No último domingo, Bolsonaro minimizou a ofensiva militar criticando os ucranianos ao ser questionado sobre a neutralidade no conflito durante uma coletiva de imprensa. “Eu acho que o povo confiou nele para traçar o destino de uma nação. Confiou a um comediante o destino de uma nação. Ele deve ter equilíbrio, segundo a população ucraniana, para tratar desse assunto. Tanto é que ele já aceitou conversar”, afirmou.

JOHNSON

Bolsonaro recebeu ontem uma ligação do primeiro-ministro do Reino Unido,  Boris Johnson, para tratar da guerra na Ucrânia. Segundo a assessoria do britânico, "o primeiro-ministro disse que as ações do regime russo na Ucrânia são repugnantes". O premiê ainda teria acrescentado que "civis inocentes estão sendo mortos, e cidades, destruídas, e que o mundo não pode permitir que a agressão do presidente Putin tenha sucesso".

Johnson ainda teria relembrado a aliança "vital" com o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o apoio do país é "novamente crucial nesse momento de crise". Ainda de acordo com a assessoria do governo do Reino Unido, Boris Johnson destacou: "Juntos, o Reino Unido e o Brasil precisavam pedir o fim da violência". O governo brasileiro não comentou a conversa.





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