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Estado de Minas TRANSPORTE COLETIVO

Alexandre Kalil diz que presidente da Câmara agora é sua inimiga

Prefeito de BH faz duas críticas à parlamentar, após devolução de projeto que reduz tarifa de ônibus


04/03/2022 04:00 - atualizado 03/03/2022 23:00

O prefeito de BH, Alexandre Kalil
Kalil fez duras críticas à presidente do Legislativo de BH e afirmou que vai apresentar o projeto de novo (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), subiu o tom contra a presidente da Câmara Municipal, Nely Aquino (Podemos) e declarou que eles agora são “declaradamente inimigos”. A reação do chefe do Executivo ocorreu depois que a parlamentar devolveu ontem à PBH o projeto de lei sobre as diretrizes para baixar de R$ 4,50 para R$ 4,30 as tarifas de ônibus da capital. Em entrevista coletiva, Kalil afirmou que Nely tem o “delírio” de ser candidata a vice-governadora de Minas Gerais na chapa de Romeu Zema (Novo).

O chefe do Executivo informou que vai apresentar o projeto novamente ao Legislativo. “Ou é má-fe ou é incompetência da presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Se ela me devolver de novo, vamos chamar um juiz e ver o que fazer. Se o juiz determinar o aumento da passagem, ela vai de R$ 4,50 para R$ 5,75”, disse ele em entrevista coletiva.

“Belo Horizonte é a única capital do Brasil que conseguiu, por ser uma prefeitura enxuta e robusta, baixar o preço da tarifa de ônibus para 2022. E, por questões políticas, por esse delírio de ser candidata a vice-governadora, [Nely] prejudica o que é de mais sagrado: a população que precisa”, disse. “Acabou a festa dela e de seus asseclas”, criticou, instantes depois, em nova menção à parlamentar.

Kalil afirmou que o movimento da Câmara para recusar o projeto sobre a diminuição em R$ 0,20 do valor pago pelos usuários do transporte coletivo tem motivação política. E pediu “desculpas” ao povo belo-horizontino. “Não achei que a agressão a mim ia chegar a vocês. Eu não sabia que esse ódio contra mim ia refletir na pobreza e em quem precisa”, disse.

As concessionárias dos coletivos pretendem elevar o preço da passagem para R$ 5,75. A fim de evitar o aumento, a PBH propôs injetar R$ 156 milhões neste ano e, assim, arcar com 10% das gratuidades aos passageiros. O repasse público, além de evitar o aumento à casa dos R$ 5, geraria diminuição em R$ 0,20 no valor atual da tarifa.

Kalil apontou ausência de diálogo na postura da Câmara em relação ao projeto das passagens. Para ele, a devolução do texto antes mesmo de o tema ser posto em pauta impede que o conjunto de vereadores possa debater o assunto. Ele protestou contra o modus operandi de Nely Aquino. “O voo do poder é voo de galinha. Quem trata a população assim não vai chegar em lugar algum”, afirmou.

Nely Aquino reagiu às acusações do prefeito: “Caso o prefeito, assim como já fez anteriormente, cometa crimes contra a honra de membros da Câmara Municipal ou crimes de violência política, será acionado judicialmente por isso”.

Segundo ela, o projeto não especifica os contratos do transporte público que serão modificados por causa do repasse público. “O caput do artigo 5º determina que o subsídio proposto pelo projeto de lei deverá ser ‘objeto de termo aditivo ao contrato de concessão’, mais uma vez utilizando expressão inespecífica, que impossibilita determinar quais contratos de concessão no município serão afetados pelo novo subsídio”, lê-se em trecho do ofício da presidente do Parlamento municipal.


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