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Estado de Minas CPI DA COVID

'Vagabundo', 'ladrão': CPI tem bate-boca intenso entre Renan e Jorginho

Confusão começou logo depois de Renan dizer que há corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro, que foi defendido por Jorginho Mello


23/09/2021 12:09 - atualizado 23/09/2021 12:38

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID desta quinta-feira (23/9) gerou um intenso bate-boca entre os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Renan Calheiros (MDB-AL), que chamou o governista de 'vagabundo'. O comentário foi pivô para início de uma forte troca de xingamentos e até mesmo um possível embate corporal entre os políticos, que foi evitado pelos demais parlamentares presentes.

A discussão começou após o relator da CPI apontar possíveis omissões do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nas negociações de vacinas de empresas suspeitas de irregularidades, como a Precisa Medicamentos.



"Foi essa gente que foi escolhida pelo presidente da República para comprar vacina, enquanto recusava a Pfizer, Butantan e a OMS. Ele preferiu esse tipo de negociação. É por isso que, as pesquisas revelam, aumentado a cada dia a percepção que o governo é corrupto", disse Renan.

Jorginho Mello e Renan Calheiros batem boca na CPI da COVID
Jorginho Mello e Renan Calheiros batem boca na CPI da COVID (foto: TV Senado/Reprodução)
Neste momento, Jorginho Mello falou em defesa do chefe do Executivo. "Senador Renan, não foi o presidente que escolheu. Foram os picaretas que tentaram vender", afirmou o senador.

Essa interrupção irritou Renan, que reclamou com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) que não deveria ser cortado pelos demais parlamentares. "Não lhe dei a palavra. Não grite. Não dei a palavra ao senador Jorginho, ele não pode me interromper", declarou.

Mesmo com a rebatida, Jorginho continuou a agir em defesa de Bolsonaro e interromper Calheiros. "O senhor não pode está falando isso do presidente. O senhor não tem envergadura para falar isso", disse.

"Não permito que o senhor me interrompa para defender o presidente da República quando o senhor quiser. Na hora que falo, não. Quando acabar, o senhor pode falar. Mas, no momento que falo não aceito interrupção. Por favor”, pede novamente Renan.

O senador governista não cede, e volta a fazer um comentário mais ofensivo ao relator da comissão. "Não aceita, mas falo do mesmo jeito. Aceitando ou não. Vai para os quinto então", reclama.

"Vá vossa excelência com o seu presidente. E com o Luciano Hang", rebate Renan em seguida. 

"Vá lavar a boca para falar do Luciano. Um empresário decente, um homem honrado. Vá lavar sua boca, vai", diz Jorginho, agora em defesa do empresário, outro aliado do presidente da República. Nesta quinta,  a CPI anunciou a convocação de Luciano para prestar esclarecimentos sobre pontos importantes  na investigação do ‘gabinete paralelo’, responsável por orientar a população a aderir à medicamentos sem eficácia comprovada.

Prontamente, Calheiros reverbera: "Vai lavar a tua, vagabundo". A partir daí, o bate-boca se intensificou.

Jorginho grita ao relator: "Vagabundo é tu ladrão, picareta. Ladrão e picareta que o Brasil conhece. Você é uma ladrão picareta".

Neste instante, os senadores perdem a calma e têm que ser segurados pelos colegas presentes para evitar uma agressão física. Mesmo antes dos microfones serem cortados pela organização do Plenário, é possível ouvir os dois na contínua troca de ofensas: ‘Vagabundo, safado’.

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

Leia também:  Entenda como funciona uma CPI


O que a CPI da COVID investiga?


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