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Estado de Minas ESTAVA FORAGIDO

Acusado de colaborar com ex-vereador de BH para execução de rival é preso

Gerson Geraldo Cesário é suspeito de intermediar contato entre Ronaldo Batista e o executor do sindicalista e vereador de Funilândia, Hamilton Dias Moura


01/09/2021 22:44 - atualizado 01/09/2021 23:08

Hamilton de Moura foi assassinado com 12 tiros em julho do ano passado, em Belo Horizonte
Hamilton de Moura foi assassinado com 12 tiros em julho do ano passado, em Belo Horizonte (foto: Reprodução/Facebook)
A Polícia Militar (PM) prendeu, na noite desta quarta-feira (1º/9), Gerson Geraldo Cesário, acusado de participar do planejamento da execução de Hamilton Dias Moura (MDB), sindicalista e vereador de Funilândia que foi assassinado com 12 tiros em julho de 2020, no Bairro Jardinópolis, Região Oeste de Belo Horizonte. Gerson, que é um dos 10 réus que vai a júri popular pelo crime, estava foragido desde março, quando sua prisão foi decretada.

Gerson foi preso em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Ele estava escondido na casa da cunhada, segundo a equipe que efetuou a prisão do homem, que também é sindicalista. 

"O serviço de inteligência fez o monitoramento e hoje conseguimos chegar até ele. Houve uma resistência do pessoal em falar que ele estava dentro de casa, mas fizemos o cerco. Iríamos atrás do mandado de busca para entrar na residência, mas no fim a proprietária acabou autorizando a entrada e conseguimos efetuar a prisão", disse Tenente Fideles, da PM.

De acordo com o inquérito de quase duas mil páginas da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Gerson e seu irmão, Antônio Carlos Cesário, haviam ajudado o ex-vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista, no planejamento da execução do crime. Batista, de acordo com as investigações, foi o mandante. Coube aos irmãos Cesário intermediar o contato do executor do crime com o ex-parlamentar da capital mineira.

De acordo com as investigações, o assassinato de Hamilton foi motivado por vingança e disputas sindicais. Personalidade respeitada entre sindicalistas do setor de transportes, Hamilton era presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (SIMECLODIF).

Moura e Batista chegaram a ser aliados, mas romperam relações em 2010. Ronaldo, na época do crime, era presidente da Federação dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Minas Gerais (Fettrominas) e, até 2018, esteve à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH). Ele teria pagado R$ 40 mil para que o vereador de Funilândia fosse assassinado.

"A vítima (Hamilton) então criou um sindicato à parte, que enfraqueceu o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR-BH). A arrecadação da instituição foi, inclusive, muito impactada. Hamilton também patrocinava ações judiciais contra o rival, que resultaram em bloqueios de bens no valor aproximado de R$ 6 milhões", esclareceu, em outubro do ano passado, o delegado Domênico Rocha, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP).

Além dos irmãos Cesário e Ronaldo Batista, o inquérito indicou que outras sete pessoas participaram da execução de Moura -  três delas estiveram na cena do crime, Leandro Felix Viçoso, ex-policial penal, Felipe Vicente de Oliveira, policial militar, e Fernando Saliba Araújo.

Gerson Cesário será levado para a Delegacia Regional de Polícia Civil em Betim, também na Grande BH. De lá, deve ser encaminhado ao sistema prisional.


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