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Estado de Minas CRÍTICAS

Aziz chama ataque de Bolsonaro a repórter de 'show de misoginia'

Presidente da CPI da COVID-19 criticou duramente ofensas do chefe do Executivo Federal a jornalista do Grupo Globo


21/06/2021 20:53 - atualizado 21/06/2021 21:07

Aziz defendeu que os advogados da repórter processem o presidente(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Aziz defendeu que os advogados da repórter processem o presidente (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), classificou como “show de misoginia” os ataques proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda — emissora afiliada ao Grupo Globo. As ofensas foram feitas nesta segunda-feira (21/6), em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

Aziz defendeu que os advogados da repórter processem o presidente. Ele fez menção ao caso da médica Nise Yamaguchi, defensora do tratamento precoce ineficaz contra o novo coronavírus. A profissional de saúde foi à Justiça contra senadores alegando ter sido desrespeitada durante depoimento à CPI.

Opinião sem medo: Aloprado e fora de controle, Bolsonaro tem ataque de fúria

“Espero que os ‘defensores’ da médica Nise Yamaguchi se solidarizem com a jornalista e que os advogados dela processem o senhor Jair Bolsonaro pelo show de misoginia desta tarde. Laurene não esmoreça. Seu trabalho é importante para o Brasil melhor que todos sonhamos”, escreveu o parlamentar amazonense no Twitter.



Bolsonaro chegou a mandar a repórter calar a boca após ser questionado por ignorar o uso de máscara para conter a COVID-19. Desprotegido, ele chegou a dizer que os profissionais da Globo fazem “jornalismo canalha”.

Omar Aziz condenou os ataques do presidente à classe jornalística. “Desejo os melhores sentimentos para a jornalista Laurene Santos, que foi vítima de agressão verbal por parte do presidente da República. Gostemos ou não, o jornalismo sério é fundamental em qualquer democracia e os que fazem disso sua lida devem ser respeitados”, postou ele.

Entenda o caso

Bolsonaro cumpria agenda no estado de São Paulo quando resolveu atacar a repórter da TV Vanguarda. Ele foi chamado para uma formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). 

“Olha, eu chego como eu quiser, onde eu quiser, eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, não use. Agora, tudo o que eu falei sobre COVID, infelizmente, para vocês, deu certo”, disse, ao chegar sem máscara à solenidade.
 
Ao sair do evento, a repórter questionou o presidente sobre as mais de 500 mil vidas perdidas pela COVID-19. “Parem de tocar no assunto. [Presidente tira a máscara] Você quer botar… Me bota agora… Vai botar agora… Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Você está feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa. Vocês são uma porcaria de imprensa”, falou, em tom enfurecido.
 
Em seguida, a repórter volta a questionar Bolsonaro e, aí, ele manda a mulher “calar a boca”. “Cala a boca. Vocês são canalhas. Fazem um jornalismo canalha, vocês fazem. Canalha, que não ajuda em nada. Vocês não ajudam em nada. Vocês destroem a família brasileira. Destroem a religião brasileira. Vocês não prestam. A Rede Globo não presta. É uma péssima [sic] órgão de informação”, concluiu.


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