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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Ex-secretário de Saúde de MG e sucessor devem depor na CPI dos 'fura-filas'

Carlos Eduardo Amaral, demitido na semana passada, e Fábio Baccheretti, atual titular, foram chamados por deputados para explicar imunização de servidores


19/03/2021 17:57 - atualizado 19/03/2021 18:48

Carlos Eduardo Amaral foi demitido da secretaria estadual de Saúde após o escândalo dos fura-filas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Carlos Eduardo Amaral foi demitido da secretaria estadual de Saúde após o escândalo dos fura-filas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada por deputados estaduais mineiros para apurar possíveis irregularidades na aplicação de vacinas antiCOVID-19 em servidores do governo de Romeu Zema (Novo) convidou a depor o ex-secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral. O ofício solicitando a convocação foi aprovado nesta sexta-feira (19/3).

O atual chefe da pasta, Fábio Baccheretti, também foi chamado para prestar esclarecimentos. Os parlamentares ainda querem colher o depoimento do ex-secretário adjunto de Saúde Luiz Marcelo Cabral Tavares. Ele era o “número 2” da pasta durante a gestão de Amaral.

Os depoimentos de Amaral e Tavares servirão para explicar os critérios que embasaram a vacinação de 828 servidores da Saúde estadual que davam expediente em Belo Horizonte.

Investigados, também, 1.852 assessores da pasta que trabalham no interior e receberam a vacina contra a COVID-19. Nesse segundo grupo, constam pessoas que estavam em teletrabalho.

Baccheretti, por seu turno, vai falar sobre os critérios que traçam os grupos prioritários para a vacinação.

O primeiro requerimento a ser aprovado tratava do depoimento de Tavares. A ideia era intimá-lo a depor. Um acordo entre lideranças da Assembleia, contudo, substituiu o termo “intimação” por convite.

Parlamentares se mostraram temerosos com a mudança da palavra utilizada, visto que Tavares e Amaral não têm mais vínculos com o poder úblico.

O relator da CPI, Cássio Soares (PSD), disse acreditar na “boa-fé” dos deputados ligados ao governo, que garantiram que, mesmo convidados – e não intimados –, os investigados vão depor. 

“Caso isso (o comparecimento à CPI) não aconteça, teremos outras atitudes a serem tomadas, que nos resguardam a possibilidade de oitivas de qualquer maneira”. afirmou.

“Tenho certeza que as pessoas devidamente convidadas estarão presentes, pois é do interesse de todos o esclarecimento dos fatos e a apuração da verdade. Esta Assembleia sinaliza, de maneira bastante salutar, uma medida de respeito com o ser humano que está sendo, neste momento, alvo de investigação”, disse Guilherme da Cunha, do Novo, mesmo partido do governador Romeu Zema

Deputados querem ‘destrinchar’ lista de vacinados


Os integrantes da CPI também vão remeter, ao secretário Fábio Baccheretti, pedido para a entrega de lista detalhada dos servidores vacinados. A ideia é ter ciência de tópicos como a função de cada um, o regime de trabalho vigente e o grau de exposição à COVID-19.

Ulysses Gomes (PT) alegou que faltam informações nas listas já enviadas pelo governo. “A partir do momento que nomes foram colocados de forma pública, muitos servidores que foram corretamente vacinados foram expostos”, falou. Ele sustentou que o objetivo da CPI é “separar o joio do trigo”.

O grupo solicitou acesso à íntegra das atas das reuniões do comitê instituído pelo Palácio Tiradentes para tratar da pandemia. Aval, também, ao pedido para o fornecimento das deliberações do programa Minas Consciente.

Diretor da ALMG vai falar sobre vacinação no Parlamento


Os deputados estaduais se debruçam, também, sobre a relação de 
55 servidores do setor de Saúde da Assembleia que foram vacinados. Por isso, o médico Marcus Vinícius Pereira, gerente-geral da área, também foi chamado para prestar esclarecimentos.

Outro depoente será Eduardo Luiz da Silva, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG).

A CPI volta a se reunir na terça-feira (23), às 10h. As datas dos depoimentos solicitados nesta sexta ainda não foram definidas.

MPMG e Controladoria vão detalhar investigações


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também apura a imunização contra o novo
coronavírus em profissionais da Saúde. Por isso, Josely Ramos Pontes, promotora de Justiça de Saúde em Belo Horizonte, vai conversar com os deputados.

O mesmo ocorrerá com Rodrigo Fontenele Miranda, controlador-geral do Estado. Ele foi convidado a participar de audiência pública para debater a investigação interna do Executivo sobre a distribuição de vacinas.

Os deputados ainda querem conversar com a ouvidora-geral de Minas Gerais, Simone Deoud, e com a ouvidora de Saúde, Thamiris Aguiar Maciel.


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