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Estado de Minas 'FURA-FILAS'

Secretário de Saúde de Minas garante colaborar com CPI e descarta demissão

Carlos Eduardo Amaral classifica comissão como 'questionamento natural'; pedido para investigar 'fura-filas' foi acolhido um dia após ser anunciado


11/03/2021 20:04 - atualizado 11/03/2021 20:24

Carlos Eduardo Amaral vê com naturalidade a CPI oficializada pela ALMG para apurar vacinação contra a COVID-19 na Saúde estadual(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Carlos Eduardo Amaral vê com naturalidade a CPI oficializada pela ALMG para apurar vacinação contra a COVID-19 na Saúde estadual (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, encara com naturalidade a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) oficializada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para investigar a vacinação em massa de servidores da pasta. Nesta quinta-feira (11/03), o pedido de deputados estaduais foi acolhido.

Pouco tempo após o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), avalizar a criação da CPI, Amaral concedeu entrevista coletiva para se defender. Perguntado sobre os desdobramentos da investigação, ele garantiu estar disposto a colaborar.

“A CPI é um questionamento natural. Ela passa por avaliar o que está acontecendo, tirar todas as dúvidas. Nesse contexto, entendo que faz parte de um mecanismo normal que temos que passar, caso a Assembleia ache (pertinente)”, disse.

O secretário de Saúde afirmou que 806 pessoas, entre assessores, subsecretários e trabalhadores ligados ao transporte das vacinas, receberam a imunização contra a COVID-19.

Embora tenha projetado dias difíceis no combate ao novo coronavírus, Amaral assegurou que sua equipe vai dar as informações necessárias ao trabalho dos deputados.

“A secretaria está 100% engajada no acompanhamento e no atendimento da COVID e na operacionalização. Entendo que é um momento delicado – esses próximos 15 ou 20 dias –, haja vista que o país todo está passando por grande ocupação de leitos. Mas tenho certeza que minha equipe, como é muito qualificada, dará conta disso”.

Secretário não pensou em pedir para sair


A imunização em massa de funcionários da Saúde estadual foi antecipada pelo portal R7. O Ministério Público de Minas Gerais, assim como a Assembleia, apura o caso.

A situação ganhou força nessa quarta (10), quando Carlos Eduardo Amaral foi sabatinado por parlamentares estaduais. A postura do secretário irritou os deputados, que passaram a articular a criação da CPI.

Nesta quinta, ele se reuniu com o governador Romeu Zema (Novo). Mantido no cargo, Amaral garante que não pensou em pedir demissão.

“Isso não foi cogitado em momento algum até agora”, limitou-se a dizer.

Entenda como funcionam as CPIs


As CPIs são formadas para apurar denúncias de irregularidades. Uma comissão do tipo têm poderes de Justiça e, portanto, pode convocar suspeitos a prestar depoimentos, ouvir testemunhas e outras pessoas ligadas ao caso em questão.

Ao fim dos trabalhos, o grupo de parlamentares constrói um relatório com as conclusões obtidas ao longo do processo de investigação.

Na Assembleia de Minas, as CPIs podem funcionar por 120 dias. Posteriormente, é possível prorrogar os trabalhos por mais 60 dias.

Trinta e nove dos 77 integrantes do Parlamento Mineiro foram favoráveis à criação do grupo para tratar dos “fura-filas”.


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