
Cada candidato tinha até 15 minutos de discurso antes da votação. O senador Major Olímpio (PSL-SP), que precedeu Pacheco, retirou a própria candidatura durante a fala. Em um primeiro momento, o mineiro defendeu a autonomia do Senado.
“A defesa da autonomia de cada um dos entes federados nacionais, haja vista que a República é a união insolúvel desses entes federados, deve ser a tônica da administração de um presidente do Senado e do trabalho do Senado da República. Da União, dos estados, do Distrito Federal, e, sobretudo, dos municípios, onde vivemos, onde constituímos família e que precisam ser melhor valorizados pelo nosso trabalho legislativo”, afirmou.
Depois, Rodrigo Pacheco garantiu que, caso eleito, o trabalho na Casa será independente, sem influência externa nos trabalhos. “Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores. A busca do consenso haverá de ser uma tônica, mas há instrumentos e procedimentos próprios da democracia para se extrair uma conclusão, a conclusão que advenha da vontade da maioria. Portanto, asseguro, com toda força do meu ser, o meu propósito de independência em relação aos demais poderes, em relação às demais instituições, buscando sempre harmonizar o poder Legislativo com os demais poderes da República.”
Pacheco é o candidato apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e extenso leque de partidos, que vai dos mais liberais aos conservadores. Major Olímpio chegou a criticar o fato, chamando a candidatura do mineiro de “bolsopetista”. Lasier Martins (Podemos-RS) era outro candidato, mas renunciou, assim como Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Após a fala de Rodrigo, Simone Tebet discursou, sendo a última a falar antes da votação, que é secreta. O candidato precisa de 41 votos para ser eleito. Caso o número não seja alcançado a princípio, os dois senadores mais bem votados participam do segundo turno, logo em seguida.
