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Estado de Minas Entrevista/ANGELO OSWALDO

Prefeito de Ouro Preto vai priorizar saneamento, habitação e moradia

Angelo Oswaldo tambem determinou fechamento de atividades não essenciais no município


12/01/2021 04:00 - atualizado 12/01/2021 07:17

''Saneamento básico e água de qualidade, habitação e emprego são os três pontos fundamentais da gestão''
''Saneamento básico e água de qualidade, habitação e emprego são os três pontos fundamentais da gestão'' (foto: PMOP/DIVULGAÇÃO)
Saneamento básico, associado ao fornecimento de água de qualidade, e habitação e emprego são os pontos fundamentais destacados pelo prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, para seu quarto mandato na cidade pioneira no país (1980) como patrimônio da humanidade.

Segundo ele, via turismo e agricultura familiar, será possível fomentar a criação de postos de trabalho, e, para tanto, contará ainda com a expansão da atividade mineradora nesse polo econômico da Região Central de Minas.

Desde segunda-feira, Ouro Preto está com as atividades não essenciais fechadas, o que vai se estender por 15 dias devido ao aumento do contágio.

No momento de crises sanitária e humanitária, o prefeito tem "objetividade e determinação" como antídotos para garantir a saúde financeira de Ouro Preto e superar a queda na arrecadação.

"As restrições do momento tendem a conter a melhora, por um novo instante, que esperamos seja brevíssimo. O turismo é importante fonte de postos de trabalho e emprego em Ouro Preto, na cidade e nos distritos."

O senhor administra Ouro Preto pela quarta vez. Nesta gestão, quais são os maiores desafios?
Saneamento básico e água de qualidade, habitação e emprego são os três pontos fundamentais da gestão. Por meio do turismo e da agricultura familiar, vamos fomentar a criação de postos de trabalho, ao tempo em que a volta da Samarco e a expansão da atividade mineradora vão assegurar novas possibilidades econômicas. Revitalizar a economia do município, em queda nos últimos anos, resultará em conquistas sociais e no desenvolvimento desejado.

O senhor tornou público que teve COVID-19. Diante desse flagelo para milhares de brasileiros, Ouro Preto tem um plano para enfrentar a pandemia?
Fechamos, na segunda-feira, as atividades não essenciais no município por 15 dias, em razão da expansão do contágio e em sintonia com Mariana e Itabirito e o programa Minas Consciente. Desde minha eleição, uma equipe competente, coordenada pelo secretário de Saúde, Tuian Cerqueira, vem atuando no sentido de implementar um plano adequado, coerente e eficaz. Ao mesmo tempo, em diálogo com a Associação Comercial e Empresarial, aprimoramos a atenção quanto ao nosso quadro socioeconômico, afetado pela paralisia e o desemprego.

Como vai funcionar a parceria de Ouro Preto com municípios vizinhos para enfrentar problemas na pandemia?
Somos uma microrregião no mapa de Minas e devemos agir em sintonia. Busquei reforçar nossa união e coesão, pois devemos focar o quadro do território, a fim de que um plano articulado obtenha melhores resultados.

A queda na arrecadação dos municípios, devido à pandemia, é um problema crucial para os gestores. É possível ser criativo sem recursos no caixa?
Começamos por um programa rígido de controle de gastos e corte de dispêndios desnecessários, que eram vultosos. Com objetividade e determinação, vamos superar a crise. Minha equipe da Fazenda Municipal foi recrutada entre os servidores de carreira da pasta, e todos estão entusiasmados com o desafio.

O senhor foi presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), secretário de Cultura de Minas e ocupou outros cargos na área cultural. Como preservar o patrimônio neste momento em que a cultura está desvalorizada?
Estou recriando a Secretaria Municipal de Cultura. Cortaram a árvore em Brasília, plantamos a semente em Ouro Preto. Uma pasta da Cultura é essencial, sempre, e imprescindível em Ouro Preto. Ao mesmo tempo, transformo a Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano em Secretaria de Políticas Urbanas, com as superintendências de Patrimônio, de Urbanismo e de Habitação. No meu mandato anterior, enfatizei o patrimônio, agora integro patrimônio e urbanismo, patrimônio e habitação, como política pública multifacetada, mas coerente quanto ao desempenho e as metas.

Com a pandemia, o turismo caiu muito na sede e nos 12 distritos de Ouro Preto, a exemplo de Lavras Novas e São Bartolomeu. O senhor já tem um plano para socorrer essas localidades?
O turismo esteve em queda e recentemente apresentou um ritmo de recuperação. As restrições do momento tendem a conter a melhora, por um novo instante, que esperamos seja brevíssimo. O turismo é importante fonte de postos de trabalho e emprego em Ouro Preto, na cidade e nos distritos.

Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira, em 1980, a ser declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. Como conciliar o crescimento urbano e a preservação do conjunto histórico?
Tombamento não é congelamento. Precisamos do crescimento compatível com a preservação do corpo histórico de Ouro Preto, que se acha bem conservado, mas cercado de problemas decorrentes da omissão dos gestores municipais quanto ao Plano Diretor e outras normas que devem orientar o planejamento e a harmonia entre o antigo e o novo, numa paisagem espetacular. Vamos logo recuperar a capacidade de gestão desse desafio.



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